Acusado de matar homem por vingança envolvendo tráfico de drogas é condenado a 24 anos de prisão

Por Redação com Assessoria 31/10/2025 08h08
Por Redação com Assessoria 31/10/2025 08h08
Acusado de matar homem por vingança envolvendo tráfico de drogas é condenado a 24 anos de prisão
Presídio em Maceió - Foto: Reprodução

Um homem foi condenado, ontem, quinta-feira, 30, a 24 anos e seis meses de reclusão, em regime fechado, pelo homicídio de Ivio Thyeres dos Santos Ramos. O crime ocorreu em 2016, no bairro Vergel do Lago, em Maceió, e teve como cenário o conhecido “Bar da Vera”.

Durante o julgamento o réu, que já possuía antecedentes criminais e era conhecido por integrar uma facção que atuava na região, foi considerado culpado pelo Conselho de Sentença, que acolheu as qualificadoras de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. A promotora de Justiça Adilza de Freitas, representante do MPAL no julgamento, destacou-se pela firmeza e clareza nos argumentos, convencendo o júri da brutalidade e da frieza do crime.

De acordo com a denúncia, o homicídio foi motivado por vingança. A vítima teria sido marcada para morrer após denunciar integrantes de uma organização criminosa. Por medo, chegou a se mudar do bairro, mas retornava ocasionalmente para visitar o filho. Na noite de 10 de abril de 2016, ao parar para beber uma cerveja em um bar, Ivio foi surpreendido por disparos enquanto dormia em frente à porta do estabelecimento. O criminoso chegou de bicicleta, armado, e atirou diversas vezes, sem dar qualquer chance de defesa à vítima, que não possuía envolvimento com o tráfico.

Após o assassinato, o autor do crime e outros envolvidos ainda chegaram a comemorar o homicídio, conforme apuração do Ministério Público. A promotora Adilza de Freitas enfatizou que a condenação representa a vitória da justiça e a reafirmação do direito à vida. “Todos têm o direito de viver. A vítima deixou filhos ainda crianças que até hoje sofrem as consequências desse bárbaro crime. O egoísmo de quem mata ignora a dor dos órfãos. Nosso compromisso é com a defesa da vida em sua plenitude e com a memória do morto”, afirmou a promotora.