Ex-ministro da Agricultura da China é condenado à morte por corrupção

Por Redação com Metropoles 28/09/2025 18h06
Por Redação com Metropoles 28/09/2025 18h06
Ex-ministro da Agricultura da China é condenado à morte por corrupção
Ex-ministro foi investigado e afastado do cargo em maio de 2024 - Foto: Reprodução

O ex-ministro chinês da Agricultura e Assuntos Rurais, Tang Renjian, foi condenado à morte neste domingo, 28, após ser acusado de corrupção. A sentença foi anunciada pelo Tribunal Popular Intermediário de Changchun, localizado na província de Jilin, no nordeste da China.

De acordo com a decisão judicial, Tang recebeu a pena de morte com dois anos de suspensão condicional. Além disso, foi condenado à perda perpétua dos direitos políticos e ao confisco de todos os bens pessoais. Os fundos e juros obtidos ilegalmente serão revertidos ao tesouro estatal, e novas medidas de recuperação ainda serão adotadas.

Tang Renjian ocupou diversos cargos de destaque no governo chinês. Ele já atuou como diretor-adjunto do gabinete geral do grupo de liderança central para assuntos financeiros e econômicos e também exerceu o cargo de governador da província de Gansu, antes de assumir o Ministério da Agricultura.

O ex-ministro começou a ser investigado em maio de 2024 e acabou afastado de suas funções. Em novembro do mesmo ano, foi expulso do Partido Comunista da China e do serviço público. No dia 25 de julho de 2025, ele foi julgado pelo mesmo tribunal, declarou-se culpado e demonstrou remorso diante dos magistrados.

A condenação integra a ampla campanha anticorrupção conduzida pelo presidente Xi Jinping, que já levou à queda de centenas de autoridades nos últimos anos.

Na China, a pena de morte suspensa — também chamada de “adiada” — funciona de maneira distinta das penas suspensas comuns. Durante os dois anos de suspensão, o condenado permanece preso. Se não cometer crimes intencionais, a pena é automaticamente convertida em prisão perpétua. Em casos de contribuições relevantes, pode ser reduzida para uma pena de tempo determinado. Porém, se o réu voltar a cometer crimes, a execução da pena de morte pode ser confirmada pelo Supremo Tribunal Popular.