Saiba mais sobre a Fibrose Cística: condição genética que afeta pulmões e sistema digestivo

Apesar de ser considerada rara, a Fibrose Cística - também conhecida como Doença do Beijo Salgado ou Mucoviscidose - impacta a qualidade de vida de milhares de pessoas no Brasil. De acordo com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), a doença tem uma prevalência de 1 a cada 10 mil nascidos vivos no país. Esta é a semana da Conscientização e Divulgação da Fibrose Cística, e a médica pneumologista da Unimed Maceió, Sandra Reis, explica a importância do diagnóstico precoce e acompanhamento contínuo, para garantir maior longevidade e bem-estar aos pacientes.
A Fibrose Cística (FC) é uma doença genética crônica que leva à formação de secreções espessas e viscosas em diversos órgãos. Essa alteração causa acúmulo de muco nos pulmões, pâncreas, intestinos, fígado e sistema reprodutor, além de produzir suor com alto teor de sal. É como se o organismo produzisse um muco mais espesso e pegajoso, que funciona como uma ‘cola’, dificultando a respiração e a digestão. A condição pode ser identificada logo nos primeiros meses de vida por meio do Teste do Pezinho, e confirmada pelo Teste do Suor, que é o exame padrão ouro para esse tipo de diagnóstico.
Sandra Reis esclarece que, como consequência, pulmões, pâncreas, rins, fígado e aparelho digestivo ficam mais suscetíveis a infecções e complicações. Tosse crônica, pneumonias de repetição, dificuldade para ganhar peso e sintomas gastrointestinais estão entre os principais sinais que devem ser observados com atenção por pais e responsáveis, já que os primeiros sintomas podem aparecer nos primeiros dois anos de vida do paciente, quando não surgem durante o período neonatal.
“O quadro respiratório é de tosse persistente com expectoração espessa, dispneia e infecções recorrentes, como pneumonia, sinusite e bronquiectasias. Outras complicações podem ocorrer, como diabetes, deficiência de vitaminas, esteatose hepática, obstrução intestinal, infertilidade e osteopenia/osteoporose”, complementa a médica pneumologista.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), atualmente, quem nasce com FC tem expectativa de vida acima de 40 anos, o que representa um aumento de mais de 25 anos em relação a três décadas atrás. Isso é resultado dos avanços no diagnóstico precoce e no acompanhamento multidisciplinar.
Meu filho foi diagnosticado com Fibrose Cística. E agora?
A médica pneumologista Sandra Reis orienta que seja iniciado imediatamente um tratamento multiprofissional especializado para o recém-nascido. Isso inclui profissionais como pediatra, pneumologista, nutricionista, fisioterapeuta, gastroenterologista, psicólogo, entre outros.
“O manejo clínico deve ser precoce, mesmo antes do início dos sintomas, com acompanhamento nutricional, suplementação de vitaminas, fisioterapia respiratória preventiva, profilaxia de infecções respiratórias, acompanhamento contínuo com consultas regulares e educação dos pais/responsáveis”, diz a especialista.
Ela destaca que o diagnóstico e o tratamento precoces são capazes de mudar o curso da doença, de uma condição grave e progressiva, para uma doença crônica, controlável e com melhor expectativa de vida.
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