Entregador brasileiro vai parar na UTI após ser atacado por 10 jovens na Irlanda

Por Folhapress 04/12/2025 17h05
Por Folhapress 04/12/2025 17h05
Entregador brasileiro vai parar na UTI após ser atacado por 10 jovens na Irlanda
Jovem brasileiro na Irlanda - Foto: Reprodução

O entregador brasileiro André Oliveira, 26, segue internado em Dublin após ser atacado por cerca de dez jovens. Ele passou por uma cirurgia no cérebro e fraturou o ombro e o pé.

André foi atacado enquanto trabalhava. O brasileiro, que trabalha como entregador, foi atacado no dia 24 de novembro próximo ao Royal Canal na capital irlandesa, em um ato "brutal e sem sentido", segundo a família.

Ele foi atingido na cabeça pelos agressores. Dez jovens o atacaram e roubaram sua bicicleta e seu celular, enquanto filmavam e riam, segundo o jornal The Irish Times. André foi deixado desacordado após a agressão.

A família soube do ataque por uma ligação da polícia. A mãe de André, Marinez Oliveira, contou ao UOL que foi avisada após a nora receber a informação de que ele havia sido encontrado pela polícia e levado ao hospital.

O estado de saúde evoluiu após a cirurgia. André operou para estancar uma hemorragia e remover coágulos. Segundo a família, ele ainda sente pressão na cabeça, apresenta dificuldades para mover um dos dedos do pé e teve fraturas na região das costas.

Ele já está consciente e fora da UTI. A mãe relata que André está lúcido, conversa com a família e faz chamadas de vídeo diariamente. "Ele está no quarto, saiu da UTI. Está lúcido, falando, tá bem. Só está esquecendo um pouco das coisas", contou.

A agressão deixou impactos emocionais. A mãe afirma que o filho está abalado e que a esposa dele, busca acompanhamento psicológico para auxiliá-lo na recuperação. Ela descreve o filho como "calmo", "menino família" e "muito tranquilo".

A mãe descreve o ataque como brutal e desumano. Para ela, o filho vive um período que deveria ser de início de vida conjugal, mas agora enfrenta um longo processo de recuperação e possíveis sequelas.

A distância torna difícil o acompanhamento familiar. Marinez afirma que não tem condições financeiras de viajar e que a presença dela poderia complicar a rotina do casal no hospital. A nora deixou o trabalho para cuidar do marido e realiza tarefas básicas de higiene e alimentação.