Primeira transplantada cardíaca da Rede Hospitalar Pública de Alagoas celebra nova vida

Por Redação, com Ascom Sesau 12/09/2025 20h08
Por Redação, com Ascom Sesau 12/09/2025 20h08
Primeira transplantada cardíaca da Rede Hospitalar Pública de Alagoas celebra nova vida
Primeira transplantada cardíaca da Rede Hospitalar Pública de Alagoas celebra nova vida - Foto: Nataly Lopes / Ascom Hospital do Coração Alagoano

A alagoana Jandair Marques, de 46 anos, moradora de Palmeira dos Índios, carrega no peito um coração novo e uma história que se confunde com a própria trajetória da saúde pública do Estado. No dia 17 de outubro de 2024, ela se tornou a primeira paciente a receber um transplante de coração por meio da Rede Hospitalar Pública de Alagoas. O procedimento ocorreu no Hospital do Coração Alagoano, em Maceió.

Há quase um ano, a cirurgia histórica começou às 3h29 da madrugada e terminou às 8h da manhã, mobilizando uma equipe multiprofissional e emocionando familiares. “Ela sempre esteve confiante no procedimento”, relembra Jessica Marques, filha de Jandair, que acompanhou de perto cada etapa do pré e pós cirúrgico.

Antes do transplante, Jandair enfrentava, há uma década, os limites impostos pela insuficiência cardíaca. Ela sentia cansaço extremo, dificuldade até para se alimentar, precisava dormir sentada, apoiada em travesseiros, e só conseguia tomar banho com ajuda, sentada em uma cadeira.

“Mas, atualmente, a realidade é completamente diferente. Agora tenho uma nova vida. Me alimento e durmo bem, sem falta de ar, sem cansaço. Posso viver como qualquer outra pessoa que não tem comorbidade”, relata com alegria a palmeirense Jandair Marques, após passar por consulta periódica no Hospital do Coração Alagoano.

Liberada para retomar as atividades do dia a dia, Jandair Marques voltou a arrumar a casa — tarefa simples para muitos, mas que, antes do transplante, ela não conseguia realizar. Também já pode caminhar livremente e carregar até 30 quilos, algo impensável antes da cirurgia.

Grata por cada etapa dessa conquista, a paciente não esquece de mencionar todos os que estiveram envolvidos em sua nova chance. 

“Agradeço ao governador Paulo Dantas, ao programa Alagoas Transplanta e a todos os profissionais do Hospital do Coração, que considero minha segunda casa. O cuidado e a humanização de cada um fizeram toda a diferença”, destaca.

Para a assistente social Janayna Ernesto, que acompanhou Jandair durante toda a jornada, o caso é um símbolo do quanto a união da rede de saúde transforma vidas. “Ver a evolução de Jandair é emocionante. Acompanhei de perto suas dificuldades antes da cirurgia e hoje vejo uma mulher cheia de energia, retomando sua rotina. Esse é o maior presente que um transplante pode proporcionar: devolver qualidade de vida e esperança”, enfatiza.

Carlos Humberto Bezerra, cardiologista e também diretor médico do Hospital do Coração, reforça o caráter histórico e humano do momento. “O transplante cardíaco de Jandair Marques não representou apenas um avanço para a medicina em Alagoas, mas um marco de solidariedade e dedicação de toda uma equipe. Ela nos mostra, com sua história, a importância de investir em tecnologia, capacitação e, sobretudo, em cuidado humano. Esse é o caminho que seguimos diariamente no Hospital do Coração.” 

Mais do que a vitória individual, a história de Jandair Marques reforça a importância da doação de órgãos, lembrada neste Setembro Verde. “Sem o doador, quem precisa de um transplante não tem uma segunda chance de vida. Doar órgãos salva vidas, como salvou a minha e de tantas pessoas aqui no Hospital do Coração Alagoano”, enfatiza a transplantada de Palmeira dos Índios.

Ao lado desse alerta, o Setembro Vermelho, dedicado à prevenção das doenças cardiovasculares, reforça a necessidade de cuidar do coração para evitar que tantas histórias sejam interrompidas. A jornada de Jandair Marques inspira e prova que ciência, dedicação e solidariedade podem transformar destinos — devolvendo fôlego, saúde e esperança.