Juliana Marins desceu 220 metros na primeira queda e morreu em uma segunda

Por G1 11/07/2025 16h04
Por G1 11/07/2025 16h04
Juliana Marins desceu 220 metros na primeira queda e morreu em uma segunda
Juliana Marins morreu em acidente na Indonésia - Foto: Redes Sociais

A irmã de Juliana Marins, Mariana Marins, e profissionais que participaram da análise do corpo e da parte judicial de sua repatriação concederam uma entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (11). Na coletiva, um perito afirmou que é possível estimar que ela permaneceu viva 32 horas após a primeira queda.

Durante a coletiva, Mariana explicou que a irmã morreu em uma segunda queda na trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. O perito da Polícia Civil afirmou acreditar que ela deslizou pelas costas no terreno e no último impacto caiu de frente, o que causou a morte.

Segundo Mariana, na primeira queda, Juliana desceu cerca de 220 metros. Durante esse trajeto, ela escorregou 61 metros até um paredão rochoso. "É uma parede íngreme de rocha e areia. Ela cai do ponto da trilha até um paredão. O ponto final dessa primeira queda é de cerca de 220 metros".

Segundo o perito Reginaldo Franklin, da Polícia Civil, com o encontro de algumas larvas no couro cabeludo de Juliana foi possível estimar, com base na biologia do inseto, a hora da morte da jovem. "Meio-dia do dia 22 (horário da Indonésia) mais 15 minutos: morte de Juliana Marins. Ela permaneceu viva por cerca de 32 horas", afirmou.

“Na metade do dia 22 (na Indonésia), em torno de 12 horas, a jovem Juliana já estava morta, segundo essa estimativa “, disse o legista Reginaldo Franklin. Nelson Massini, perito particular que também acompanhou a perícia, observou que na primeira queda Juliana já pode ter sofrido uma lesão na coxa.

“Foi uma morte agônica, hemorrágica, sofrida", disse ele.

Com base nas estimativas da família e peritos, Mariana sai da trilha escorregando por 60 metros e segue caindo até 220 metros de distância da trilha - o que é considerada a primeira queda. Posteriormente escorrega mais 60 metros e sofre a segunda queda, onde sobrevive por mais 15 minutos em agonia até morrer. Depois, segue caindo até o último ponto onde foi encontrada: 650 metros de profundidade.


Participaram da entrevista coletiva a defensora pública federal Taísa Bittencourt Leal Queiroz; o perito particular Nelson Massini; o legista Reginaldo Franklin Pereira e ⁠Mariana Marins, irmã de Juliana Marins.

Juliana caiu por volta das 17h do dia 20 de junho. Primeira equipe de resgate foi acionada pelo parque 2 horas e 23 minutos depois da queda de Juliana e a equipe saiu da base do parque 4 horas depois da queda. "Dezoito horas depois da queda, a equipe de resgate do Basarnas (Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia) conseguiu descer 150 metros de rapel, mas Juliana estava em um Ponto mais abaixo na montanha", explicou Mariana