Simone Freitas apresenta nova exposição “Entre o mar e o sertão, tem o mangue” no Complexo Cultural do Teatro Deodoro
A terceira individual da artista alagoana será inaugurada no dia 15 de julho, às 19h, com entrada gratuita; a visitação segue até 15 de agosto de 2025

A artista visual, arquiteta e urbanista alagoana Simone Freitas inaugura, no dia 15 de julho, às 19h, sua terceira exposição individual “Entre o mar e o sertão, tem o mangue”, no Complexo Cultural do Teatro Deodoro, em Maceió. A mostra apresenta um conjunto inédito de obras que exploram, por meio da pintura, paisagens simbólicas do Nordeste brasileiro, como o sertão, o mangue e o mar. Longe de representar esses territórios de maneira literal, Simone propõe uma leitura sensível e afetiva desses territórios, marcados por contrastes, memórias e disputas.
Com forte carga poética e crítica, os trabalhos são fruto de experiências vividas e do vínculo profundo da artista com os lugares que habita e percorre. “Sou uma artista autodidata. Comecei pintando vitrines e reaproveitando papéis que seriam descartados, até que surgiu o primeiro cliente e tudo realmente aconteceu”, relembra Simone, formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
A curadoria da exposição é assinada por Iranei Barreto, jornalista, pesquisadora e especialista em Práticas Culturais Populares. A expografia é de Daniel Cavalcante, e a identidade visual, de Weber Bagetti. A realização conta com recursos da Lei Aldir Blanc, do Governo Federal, operacionalizada pelo Governo de Alagoas via Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas (Secult). A mostra segue aberta ao público, com entrada gratuita, até 15 de agosto de 2025.
Nas obras de “Entre o mar e o sertão, tem o mangue”, o gesto artístico de Simone Freitas constrói imagens subjetivas e sensoriais que traduzem a complexidade dos ecossistemas alagoanos. Sobreposições e cores vibrantes revelam paisagens internas e externas, filtradas pelas lentes da memória e da vivência. “Essas memórias afetivas me inspiraram a criar uma série que transita entre os lugares do meu cotidiano e lembranças que nos conectam a espaços ou momentos vividos”, afirma.
Mais do que uma experiência estética, a exposição também instiga reflexões sobre a relação entre natureza, cidade sociedade. "As mudanças no nosso meio ambiente, resultado de um planejamento urbano falho e de interesses econômicos que desrespeitam o coletivo, uso inadequado dos recursos naturais e os impactos causados ao meio ambiente, estão sendo expostos. Precisamos nos educar ao uso das nossas paisagens. O rio, o sertão e o mangue não são só água, terra e plantas São caminhos, são vidas, são lares, ”destaca a artista.
Para a curadora Iranei Barreto, a mostra é uma travessia sensível entre territórios e afetos. “As obras de Simone Freitas revelam um gesto ético e poético. Ao desconstruir a paisagem, ela reconstrói vínculos com o pertencimento, a ancestralidade e a natureza. A exposição convida o público a repensar sua relação com os espaços que ocupa, propondo escuta, cuidado e reexistência.”
Essa é a terceira individual de Simone Freitas. Sua estreia aconteceu em 2018, com “Através do a(mar)”, no Museu da Imagem e do Som de Alagoas(MISA). Desde então, participou de diversas coletivas, como o “Circuito Criativo das Alagoas”, no Museu Histórico de Jundiaí, em São Paulo; “Urbanografia”(2019), na Galeria Gama, em Maceió; e o “Circuito Expositivo da Casa Tato”(2024), em São Paulo, que reuniu curadores de destaque como Claudinei Roberto. Também integrou feiras e exposições internacionais, entre elas “Le Carrousel du Louvre”(2022), em Paris; “Brussels International - Contemporary Art Salon”(2022), na Bélgica; e a mostra “Brasil X Portugal – Rota das Empreendedoras” (2024), na cidade do Porto. No Brasil, esteve presente em eventos como a “Casacor Recife”. Sua experiência mais recente foi uma imersão no Sertão do Uma, sob mentoria da curadora Julie Belfer.
Com estética autoral, Simone desenvolve uma linguagem própria, onde liberdade criativa e precisão técnica se encontram. Sua arte transforma paisagens em narrativas visuais que fundem emoção, crítica social e desejo de pertencimento.
“Entre o mar e o sertão, tem o mangue” é, assim, uma jornada de reconexão com os territórios naturais que integram a identidade alagoana. Também se afirma como um manifesto visual contra a devastação ambiental, convidando o público a imaginar outras formas possíveis de viver e habitar o mundo.
SERVIÇO
Exposição: Entre o mar e o sertão, tem o mangue
Artista: Simone Freitas
Abertura: 15 de julho de 2025 (terça-feira), às 19h
Visitação: 16 de julho a 15 de agosto de 2025
Local: Complexo Cultural do Teatro Deodoro
Endereço: Praça Marechal Floriano Peixoto, s/n – Centro, Maceió
Horários de visitação: Segunda a sábado: das 8h às 17h | Domingos e feriados: das 14h às 17h
Agendamentos para escolas, ONGs e demais instituições: Sara Lima – (82) 9 8884-6885 [email protected] (visitações apenas de segunda a sexta)
Classificação indicativa: Livre
Entrada: Gratuita

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