Entenda quem são os 7 cardeais brasileiros no Conclave e quais chances do novo Papa ser do Brasil

Por Redação com G1 21/04/2025 11h11 - Atualizado em 21/04/2025 11h11
Por Redação com G1 21/04/2025 11h11 Atualizado em 21/04/2025 11h11
Entenda quem são os 7 cardeais brasileiros no Conclave e quais chances do novo Papa ser do Brasil
Cardeais brasileiros que votam no Conclave - Foto: Divulgação

Com a morte do Papa Francisco nesta segunda-feira, 21, os olhos do mundo católico se voltam para o Conclave — processo que escolherá o novo pontífice da Igreja Católica. E o Brasil, país com a maior população católica do mundo, terá peso significativo na eleição: sete cardeais brasileiros estão aptos a votar e também podem ser considerados papáveis, ou seja, com potencial de serem eleitos papa.

Pelas regras do Vaticano, apenas cardeais com menos de 80 anos podem votar. Entre os oito cardeais brasileiros, sete atendem a esse critério. O único que está fora da votação é Dom Raymundo Damasceno, de 87 anos, arcebispo emérito de Aparecida, São Paulo.

Dom Odilo Scherer (75 anos) – Arcebispo de São Paulo: 
Considerado um dos principais nomes brasileiros, Dom Odilo Scherer já foi cotado no Conclave de 2013 como um dos favoritos. Com forte influência no Vaticano e longa trajetória pastoral, é fluente em várias línguas e tem bom trânsito entre os cardeais da Cúria Romana. Por isso, é visto como um dos brasileiros com mais chances reais de ser eleito papa.

Dom Sérgio da Rocha (65 anos) – Arcebispo de Salvador: Atual Primaz do Brasil, título dado ao arcebispo da mais antiga arquidiocese do país, Dom Sérgio da Rocha tem perfil teológico moderado, experiência internacional e já presidiu a CNBB. Com boa reputação entre os bispos latino-americanos, é considerado um nome forte do continente sul-americano.

Dom Jaime Spengler (64 anos) – Arcebispo de Porto Alegre: Presidente da CNBB, Dom Jaime é conhecido por seu perfil conciliador e profundo conhecimento filosófico. Apesar de ser recém-nomeado cardeal, sua atuação política dentro da Igreja tem ganhado destaque, o que pode colocá-lo no radar de quem busca um papa com equilíbrio pastoral e acadêmico.

Dom Orani Tempesta (74 anos) – Arcebispo do Rio de Janeiro: Com histórico na organização da Jornada Mundial da Juventude em 2013, que marcou a primeira visita do Papa Francisco ao Brasil, Dom Orani é respeitado por sua capacidade de gestão e articulação. Embora seja discreto, figura como uma alternativa possível para quem deseja continuidade à linha de Francisco.

Dom Paulo Cezar Costa (57 anos) – Arcebispo de Brasília: O mais jovem entre os cardeais brasileiros votantes, Dom Paulo Cezar representa uma geração nova dentro da hierarquia da Igreja. Teólogo respeitado e bem relacionado com o Vaticano, é apontado como uma aposta de futuro — mas que pode surpreender já neste Conclave.

Dom João Braz de Aviz (77 anos) – Prefeito do Dicastério para a Vida Consagrada: Com atuação direta na Cúria Romana, Dom João Braz já participou do Conclave de 2013 e é uma figura conhecida em Roma. Seu trabalho junto às congregações religiosas o coloca em posição estratégica, embora a idade possa pesar contra. É respeitado, mas tem chances moderadas.

Dom Leonardo Steiner (74 anos) – Arcebispo de Manaus: O primeiro cardeal da Amazônia, Dom Leonardo é símbolo do compromisso da Igreja com a ecologia e os povos originários. Próximo do Papa Francisco em pautas sociais e ambientais, pode ser um nome representativo se os cardeais buscarem um pontífice voltado à questão climática e à periferia do mundo.

O Brasil pode eleger o próximo papa?

Apesar de as chances de um cardeal brasileiro ser eleito papa ainda serem consideradas remotas por analistas do Vaticano, nunca o país teve tantos nomes qualificados e bem posicionados no Colégio Cardinalício. Com sete votos, o Brasil tem uma das maiores representações entre os 138 cardeais eleitores — e, dependendo do clima político e espiritual entre os votantes, um brasileiro pode sim surpreender.

O novo Conclave deve começar dentro de 15 a 20 dias após a morte do Papa Francisco. Até lá, o Colégio dos Cardeais se reunirá para discutir o futuro da Igreja Católica, que agora vive mais um momento histórico.