Suspeito preso pela PF por fraude milionária em pensão também é investigado por estupro da própria filha

Por Redação com agências 28/03/2025 17h05
Por Redação com agências 28/03/2025 17h05
Suspeito preso pela PF por fraude milionária em pensão também é investigado por estupro da própria filha
Viatura PC - Foto: Assessoria



O homem suspeito de fraudar pensão por morte em Alagoas já respondia na polícia por estupro de vulnerável contra a própria filha. Ele foi preso nesta sexta-feira (28), durante a Operação Dissimulatus, que investiga a fraude que causou prejuízo de mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos.


Segundo o delegado da Polícia Federal (PF), Luciano Patury, a Justiça já havia decretado a prisão preventiva do suspeito com base em indícios de que ele teria abusado sexualmente da filha.


"O juiz decretou a prisão preventiva dele sob acusação do crime de estupro de vulnerável, que foi praticado contra a própria filha. Inclusive, acarretou na gravidez da então adolescente, entre os 13 e 16 anos", informou o delegado.

Ainda de acordo com ele, antes do conhecimento sobre este fato, a PF tomou conhecimento de que o homem estava envolvido no esquema fraudulento da pensão por morte de um agente da Polícia Federal falecido em 1988. A esposa dele recebeu o benefício até 2016, quando faleceu.


No entanto, o filho da pensionista decidiu continuar recebendo a pensão de forma ilegal, usando a própria sogra como se fosse a beneficiária original.


Para manter o esquema, o investigado falsificou procurações públicas e particulares, que foram apresentadas em cartórios, na Polícia Federal e na instituição bancária responsável pelo pagamento do benefício. “Para isso, ele falsificou procurações públicas e particulares em cartórios dos municípios e apresentou essas próprias procurações na PF e no banco em que tinha a conta para recebimento da pensão. Essa fraude durou de abril de 2016 até outubro de 2022. Ele utilizava esses documentos para fazer a prova de vida".


Após o falecimento da mãe, o investigado não registrou o óbito em cartório. Em vez disso, realizou o velório em uma igreja construída por ele próprio, onde se apresentava como pastor, e ocultou o corpo. “Até hoje o cadáver não foi localizado. Ao ser questionado, o investigado sempre deu respostas evasivas”, relatou Patury.