Polícia prende taxista na Zona Sul do Rio por tentar dar o golpe da maquininha em passageira

Por O Globo 28/03/2025 13h01
Por O Globo 28/03/2025 13h01
Polícia prende taxista na Zona Sul do Rio por tentar dar o golpe da maquininha em passageira
Material apreendido - Foto: Reprodução

Policiais civis da 15ª DP (Gávea) prenderam, nesta quinta-feira, um taxista suspeito de dar o golpe da maquininha. Ricardo Sérgio da Fonseca Camargo Júnior, de 44 anos, foi denunciado por uma passageira que percebeu, no momento de pagar a corrida, encerrada no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, que o visor do aparelho estava adulterado. Ela, então, se recusou a passar o cartão e procurou a delegacia, informando aos agentes a placa do táxi, o modelo do carro e as características físicas do motorista. 

Os investigadores fizeram um cruzamento de dados de inteligência e conseguiram identificar registros de ocorrência envolvendo o táxi. As equipes, então, iniciaram as diligências para localizar o automóvel em bairros da Zona Sul, entre eles Copacabana, Ipanema, Leblon e Jardim Botânico. Após duas horas de monitoramento, Ricardo Sérgio foi localizado nas imediações do Jardim de Alah.

Com o suspeito foram encontrados três máquinas de cartão com visor adulterado, dois celulares, nove cartões de crédito e uma pistola calibre 9mm. A arma, de acordo com a delegada Daniela Terra, titular da 15ª DP, era usada para que, se a vítima percebesse o golpe, ele a ameaçasse:


— Ele mandava o passageiro sair. Ele usava a arma para isso.


Ao todo, Ricardo tem dez anotações criminais em sua ficha.


— O relatório de vida pregressa dele tem muita passagem: duas ameaças, uma associação criminosa para estelionato, estelionato com emprego de cartão de crédito, furto no interior de veículo, lesão corporal com socos e pontapés — disse Daniela.


Segundo a delegada, os alvos do taxista eram idosos:


— Ele influenciava os clientes a pagarem por aproximação. E a máquina já estava com aquele visor meio ruim para que a pessoa não visse (o valor adulterado).


De acordo com Daniela, cinco vítimas que reconheceram o suspeito por imagens veiculadas na imprensa e já haviam feito registros de ocorrência em outras delegacias procuraram a 15ª DP após a prisão de Ricardo. Essas pessoas foram novamente ouvidas.


— A gente já vai mandar para a delegacia (onde o crime foi denunciado pela primeira vez) com o reconhecimento (feito na delegacia da Gávea) — disse a delegada.