Mulher é condenada por racismo contra humorista em São Paulo

Por Redação com Agência Brasil 06/03/2025 18h06
Por Redação com Agência Brasil 06/03/2025 18h06
Mulher é condenada por racismo contra humorista em São Paulo
Caso de racismo - Foto: Unsplash/Asael Pena

A 14ª Vara Criminal da Justiça em São Paulo condenou uma mulher em processo por Crimes Resultante de Preconceito de Raça ou de Cor contra o humorista e cantor Eddy Junior. A decisão, em primeira instância, é sigilosa. A defesa de Morrone apresentou apelação nesta quinta-feira (6).

Ela e Eddy eram vizinhos em apartamentos no mesmo andar em um condomínio na Barra Funda, zona oeste da cidade de São Paulo. Em uma madrugada se desentenderam e ele gravou vídeo em que ela o ofende, em tom bastante agressivo e com linguajar que denota racismo.

O desentendimento começou após a mulher se negar a subir no mesmo elevador que Eddy. No vídeo, a vizinha está desacompanhada e ela não expões o motivo da negativa.

Sua ação levou a dois processos, um encerrado em outubro do ano passado, no qual foi expulsa do condomínio e condenada a pagamento de indenização, e o da 14ª Vara no qual foi condenada por ofensa racista.

Eddy publicou vídeo editado com as ofensas na mesma data, 20 de outubro de 2022, com um protesto no qual compareceram algumas dezenas de pessoas, proferindo palavras de ordem contra o racismo, no próprio prédio.

Tanto ela quanto o filho aparecem em imagens no corredor do apartamento de Eddy, com objetos nas mãos. Ele porta uma faca.

A Agência Brasil procurou os advogados de ambos. José Beraldo alega que o filho dela é portador de transtornos mentais e que já havia uma desavença entre os vizinhos, motivada por provocações de Eddy. No processo consta perícia realizada com ele por insanidade mental, segundo o advogado, aceita na peça. O defensor, que recorre nos dois processos, disse que a vítima construiu uma história falsa e que provocava seus clientes, o qualificando como um aproveitador que se vitimizou. O advogado nega, ainda, que seus clientes tenham dito ofensas racistas, e considera uma vitória que mãe e filho, embora tenham perdido, permanecem em liberdade.

Procurados, os advogados de Eddy não retornaram o contato. A Agência Brasil está aberta a manifestações.