O acusado de matar a ex-sogra e tentar assassinar a ex-namorada, dentro de um cartório na cidade de Olivença, foi submetido a julgamento na última quarta-feira, 29, em Santana do Ipanema, e condenado a 38 anos e 11 meses de prisão. O crime ocorreu em outubro de 2021.

O julgamento, marcado pela emoção e expectativa da população, resultou na condenação do réu com base nas três qualificadoras apontadas pelo Ministério Público de Alagoas (MPAL): motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e feminicídio — tanto pelo fato consumado quanto pelo tentado. A tese foi defendida com firmeza pelo promotor de Justiça Thiago Riff e acatada integralmente pelo Conselho de Sentença.

“Foi um crime com teor de frieza e ousadia, muita crueldade, simplesmente porque o réu não aceitava o fim do namoro. O Ministério Público atuou para que a justiça fosse feita, tanto para amenizar a dor da família e da vítima sobrevivente, que perdeu a mãe tentando protegê-la, salvá-la, quanto para dar uma resposta à sociedade que, desde então, ficou estarrecida e esperava por esse momento”, declarou o promotor Thiago Riff.

De acordo com os autos do processo, o crime aconteceu dentro de um cartório onde a ex-namorada do réu trabalhava. No local também estava sua mãe, Damiana Roberto Correia Mélo, de 45 anos, que foi assassinada ao tentar proteger a filha. O réu, tomado pela ira e inconformado com o fim do relacionamento, executou o plano de ataque sem dar qualquer chance de defesa às vítimas.