O que surgiu primeiro: o ovo ou a galinha? Finalmente, a ciência descobriu a resposta para o dilema

Por Redação com O Globo 07/11/2024 19h07 - Atualizado em 07/11/2024 19h07
Por Redação com O Globo 07/11/2024 19h07 Atualizado em 07/11/2024 19h07
O que surgiu primeiro: o ovo ou a galinha? Finalmente, a ciência descobriu a resposta para o dilema
Estudo suíço diz ter desvendado mistério de quem veio primeiro: o ovo ou a galinha - Foto: Freepik

Investigadores da Universidade de Genebra (Unige), na Suíça, descobriram a resposta de uma das perguntas mais emblemáticas da humanidade: quem veio primeiro, o ovo ou a galinha? Segundo os pesquisadores, a resposta é o ovo.

Eles descobriram um organismo unicelular capaz de formar estruturas muito semelhantes aos embriões, chamado de Chromosfera perkinsii, que foi encontrado em sedimentos marinhos no Havai em 2017, porém está presente na Terra há mais de mil milhões de anos, muito antes de surgirem os primeiros animais.

Os especialistas observaram que quando a célula que forma a C. perkinsii atinge o seu tamanho máximo, ela divide-se, mas mantém sempre a sua dimensão original, formando colónias multicelulares que se assemelham ao desenvolvimento embrionário dos animais.

Estas colônias persistem durante cerca de um terço do ciclo de vida daquele organismo e compreendem pelo menos dois tipos diferentes de células, um fenômeno que os investigadores definem como surpreendente para aquela forma de vida.

"É uma espécie unicelular, mas o seu comportamento mostra que nela já estão presentes processos de coordenação e diferenciação multicelular, muito antes de os animais aparecerem na Terra", destacou a professora de bioquímica Omaya Dudin, que liderou o estudo.

Os cientistas da equipe da Unige esclarecem, no entanto, que outra explicação possível é que o organismo unicelular pode ter evoluído de forma independente ao longo de milhões de anos até ser capaz de desenvolver embriões.

Os pesquisadores estão otimistas com os resultados da investigação que podem servir de suporte a outras investigações, como a de fósseis com 600 milhões de anos com estruturas também semelhantes a embriões, e que já desafiaram as concepções tradicionais de vida multicelular.