Turista morto após mergulho em Noronha passou mal ao voltar à superfície, diz empresa

Por Redação com CNN Brasil 19/10/2024 16h04
Por Redação com CNN Brasil 19/10/2024 16h04
Turista morto após mergulho em Noronha passou mal ao voltar à superfície, diz empresa
Coverta Ipiranga está naufragada em Fernando de Noronha, a 62 metros de profundidade - Foto: Zaira Mateus/Divulgação

A empresa Sea Paradise afirmou, em nota, que o turista morto após realizar um mergulho na região da Ilha de Fernando de Noronha, começou a passar mal logo após retornar à superfície.

Segundo a responsável pelo mergulho, a vítima apresentou sintomas de doença descompressiva.

Bruno Jardim de Miranda Zoffoli, de 43 anos, natural de Belo Horizonte (MG), morreu na manhã da última terça-feira (15), após realizar um mergulho autônomo com cilindro no Naufrágio “Corveta Ipiranga”, localizado na ilha. Na ocasião, ele desceu a 62 metros de profundidade.

Após retornar à superfície, ele chegou a ser atendido pelos instrutores a bordo com administração de oxigênio puro e hidratação, apresentando melhorias.

Ao chegar no porto, foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado ao Hospital São Lucas. Posteriormente, a vítima sofreu uma parada cardiorrespiratória (PCR) no hospital e morreu na unidade.

“Expressamos nossas mais sinceras condolências à família e amigos pela partida precoce de Bruno. Era amigo e cliente da Sea Paradise há muitos anos. Neste momento de grande tristeza, a empresa direciona todos os seus esforços no apoio à família”, comunicou em nota a Sea Paradise.

A equipe garante que o mergulho aconteceu sem intercorrências e seguindo todo planejamento previsto.

Além disso, a companhia afirma que todos os integrantes envolvidos na atividade eram devidamente habilitados e capacitados para a execução do procedimento.

Doença descompressiva

A doença descompressiva acontece quando bolhas de gás, como nitrogênio, se formam no sangue devido à alta pressão em mergulhos profundos.

Durante o mergulho, gases inertes dos cilindros se dissolvem nos tecidos do corpo e, quanto maior a profundidade e o tempo de mergulho, maior a quantidade de gases absorvidos.

A subida à superfície precisa ser controlada para evitar complicações, como a formação dessas bolhas. Se não tratada, a doença pode ser fatal.

O tratamento é feito com a ajuda de uma câmara hiperbárica, pela qual o paciente respira oxigênio puro para eliminar os gases e reverter os sintomas.