Ataque a escola nos EUA deixa 4 mortos e 9 feridos, diz polícia

Por Redação com G1 04/09/2024 18h06
Por Redação com G1 04/09/2024 18h06
Ataque a escola nos EUA deixa 4 mortos e 9 feridos, diz polícia
Polícia entrando em escola da Geórgia após relato de tiros - Foto: REUTERS/ABC AFFILIATE WSB

Uma escola com 2.000 alunos no estado da Geórgia, nos Estados Unidos, foi alvo de um atirador nesta quarta-feira (4), que disparou contra os estudantes. Quatro pessoas morreram e outras nove ficaram feridas, segundo a polícia.

O caso aconteceu na Apalachee High School, colégio de ensino médio do condado de Barrow, na cidade de Winder. O município fica nos arredores da capital da Geórgia, Atlanta.

Segundo o chefe do departamento de investigação da Geórgia, Chris Hosey, o atirador é um estudante de 14 anos do colégio. As vítimas que morreram são dois professores e dois alunos.

As causas do ataque estão sendo investigadas. O atirador está preso e responderá por assassinato como um adulto, de acordo com as autoridades.

Em um comunicado oficial, a polícia local disse ter sido avisada sobre tiros na escola por volta das 10h23 pelo horário local (11h23, em Brasília). Dezenas de agentes foram enviados, e um suspeito foi detido.

A polícia entrou no prédio principal da escola e conseguiu retirar centenas de alunos. Eles foram levados ao campo de futebol americano do colégio.

Imagens aéreas transmitidas pelo canal de notícias local "WJCL" mostram a movimentação intensa de pessoas, além de viaturas e ambulâncias.

Investigação

De acordo com o jornal local "Athens Banner-Herald", a escola enviou uma mensagem aos pais às 10h45 do horário local (11h45, em Brasília), dizendo:

“Apalachee High School está sob lockdown rígido após relatos de tiros. A polícia está aqui. Por favor, não tente vir à escola neste momento enquanto os policiais trabalham para proteger a área."

Às 12h (13h, em Brasília), um porta-voz disse que o incidente estava sob controle e que os alunos estavam sendo liberados.

O procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, disse que o FBI e o Escritório de Controle de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos foram enviados ao local do tiroteio para investigar o incidente.

Garland afirmou também que o Departamento de Justiça dos EUA americano está preparado para fornecer recursos e apoio nos próximos dias.

Todas as escolas do condado ficarão fechadas até o final de semana.

A Casa Branca prestou solidariedade a todos os afetados pelo incidente. "Os estudantes de todo o país estão aprendendo a se agachar e se refugiar em vez de aprender a ler e escrever. Não podemos continuar aceitando isso como algo normal", afirmou o presidente Joe Biden.

A vice-presidente e candidata à Casa Branca, Kamala Harris, afirmou em um evento de campanha que o incidente é uma "tragédia sem sentido" e que é necessário acabar com a "epidemia de violência com armas".

Relato de estudante

Em entrevista à ABC News, o estudante Sergio Caldera, de 17 anos, contou que estava na aula de química quando os tiros começaram a ser ouvidos.

"Minha professora abriu a porta para ver o que estava acontecendo. Outra professora veio correndo e falou para ela fechar a porta porque tinha um atirador."

Ainda segundo o aluno, a professora trancou a porta, e todos correram para o fundo da sala enquanto ouviam gritos do lado de fora. Ele disse que, em determinado momento, alguém bateu na porta da sala e ordenou: "Abram!". Quando as batidas pararam, Caldera disse que ouviu mais tiros e gritos.