Dono de bar é morto por cliente com golpes de canivete ao defender funcionária de assédio sexual

Por Redação, com g1 17/06/2024 08h08
Por Redação, com g1 17/06/2024 08h08
Dono de bar é morto por cliente com golpes de canivete ao defender funcionária de assédio sexual
Carlos - Foto: Reprodução

O dono de um bar de rock da Zona Sul de São Paulo foi morto com golpes de canivete no pescoço e nas costas por um cliente após expulsá-lo do estabelecimento por ele ter assediado sexualmente uma funcionária. O empresário Carlos dos Santos Monteiro, o Nenê, tinha 57 e era proprietário do Malta Rock Bar, na Saúde. Ele foi assassinado na rua em frente ao estabelecimento.

O crime ocorreu no final da noite de sábado (15), segundo informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP), por meio de sua assessoria de imprensa. O agressor foi imobilizado e desarmado por frequentadores do estabelecimento até a chegada da Polícia Militar (PM). O autor foi preso em flagrante pelo assassinato. Ele tem 34 anos e trabalha como encarregado.

De acordo com o boletim de ocorrência do caso feito pela Polícia Civil, testemunhas contaram que o autor falava frases "desconexas" e tinha sinais de embriaguez, além de aparentar estar sob efeito de drogas.

As pessoas que estavam no bar também contaram à PM que ele não era um cliente conhecido. Segundo o relato das testemunhas, o homem entrou no estabelecimento e assediou uma mulher, que deu um soco nele para se defender.

Além disso, o homem estava "perturbando" outros clientes do local, segundo as testemunhas. Carlos notou que o agressor estava armado com uma "faca". O dono do bar ainda perguntou ao homem: "O que você vai fazer com essa faca?".

Após isso, o proprietário colocou o homem para fora do estabelecimento e foi ferido com golpes de canivete. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a vítima caída ferida em frente ao bar. E também mostram o agressor detido pelos demais clientes.

A arma usada para matar Carlos foi apreendida. O caso foi registrado como homicídio qualificado por emboscada no 16º Distrito Policial (DP), Vila Clementino.

O assassino foi indiciado pelo crime e ficou em silêncio no seu interrogatório. Ele passou por audiência de custódia no domingo (16), quando a Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva, e já tinha passagens anteriores por outros crimes, como roubo. Ele foi condenado por assalto e atualmente estava cumprindo pena em liberdade.

O corpo de Carlos será sepultado na manhã desta segunda-feira (17) no Cemitério Gethsêmani, no Morumbi, também na Zona Sul da capital paulista.