Trabalhador Sem Terra ameaça de morte um servidor do INCRA de Alagoas
Um trabalhador rural, integrante do Movimento Sem Terra (MST) foi gravado ameaçando de morte um servidor do Instituto Nacional de Colonização e Reformas Agrária (Incra) Alagoas. O caso ocorreu no último dia 14, mas só foi divulgado na última quinta-feira, 30, pela coluna de Paulo Cappelli, no Portal Metropoles.
Inicialmente, o trabalhador rural aparece dentro da superintendência do órgão em Alagoas, indo tomar um copo de café. Ao colocar açúcar no café, o homem começa a se exaltar. “Estão brincando com a verdade. Por que não me mataram antes?”, questiona ele, sem detalhar o que causou a revolta.
Posteriormente, o integrante do MST entra na sala do servidor do Incra e, em fúria, inicia as ameaças. Tu sabe que me deve, não sabe? Tu sabe que deve à gente, não sabe? Se eu quiser encher tua cara de bala aqui, agora, a gente enche tua cara de bala, viu?”, diz.
Ele nota que está sendo filmado e afirma não ter medo. “É pra filmar mesmo. Eu não tenho medo não”. O que eu tô falando, eu não tenho medo de fazer, não. Se eu for bandido igual a você, eu mato você aqui dentro. Eu mato você aqui dentro”, esbraveja o trabalhador rural.
“Eu sou um homem, não sou bandido, não. Estão querendo me tornar bandido aqui dentro. Quer que eu entre na gangue? Qual é a que você quer? PCC? Comando Vermelho? Qual é a que você quer? Seu idiota! Seu idiota! Seu merda!”, continua.
Após a ameaça, o Incra acionou a Polícia Militar, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) e entregou o vídeo. O órgão informou que vem trabalhando, com a Advogacia Geral da União (AGU), nas medidas judiciais a serem adotadas.
Leia a nota do Incra sobre o caso:
“No dia 14 deste mês de maio, o assentado Gilvan Emidio da Silva agrediu verbalmente e ameaçou de morte um servidor do Incra, no seu local de trabalho. Aos gritos e de forma violenta, destratou o servidor na presença do superintendente e de outros servidores, num ato injustificável de desrespeito e ameaça.
Essa pessoa já é recorrente em atos de perturbação da ordem pública e tem causado prejuízos às atividades do Incra, sempre se utilizando de agressões e ameaças. Já sofreu várias intervenções policiais solicitadas pelo Incra, mas reincidiu diversas vezes. Desta vez, ele ultrapassou todos os limites toleraveis.
O servidor, com o apoio da Superintendência, acionou, de imediato, a Polícia Militar, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, apresentando as provas e as testemunhas do ato criminoso.
Uma nota de repúdio e solidariedade foi assinada pelos servidores do Incra e encaminhada a todas as instâncias administrativas e jurídicas
A Superintendência do Incra acionou e tem mantido contato permanente com a Advocacia Geral da União (AGU), que já trabalha as medidas judiciais pertinentes contra o agressor.
A Superintendência do Incra, por meio de seu superintendente Júnior Rodrigues, repudia com veemência tal conduta afrontosa e criminosa contra um servidor da autarquia. Esse crime foi contra todos os servidores do Incra, que trabalham pelo bem comum, pela justiça social e pela reforma agrária.
Tais atitudes jamais serão toleradas, pois não se pode admitir que condutas semelhantes sejam tidas como normais.
A partir de todas as medidas já em andamento, o agressor será punido conforme a lei.”
Assista: