Na terça-feira, 19 de março, a partir das 8h30, acontece um colóquio sobre colonialismo digital na segunda edição do evento "O discurso acadêmico e o racismo digital".

A atividade tem o objetivo de agregar pessoas em torno da discussão sobre a condição do sujeito pesquisador negro e também sobre a produção epistemológica negra no âmbito acadêmico e a retração da academia em utilizar teóricos negros dentro do escopo bibliográfico dos conteúdos aplicados.

Realizada de forma híbrida, e coordenado pelas professoras Maria Ester Viegas e Raquel Cabral, a programação tem início com a exibição e discussão do documentário Coded Bias.

Este documentário investiga o viés nos algoritmos depois que a pesquisadora Joy Buolamwini, do MIT, descobriu falhas na tecnologia de reconhecimento facial. "Os mesmos algoritmos que facilitam aspectos da nossa vida também podem ter comportamentos racistas, machistas e/ou fortalecer sistemas autoritários de vigilância com o reconhecimento facial", explicam os organizadores do evento.

Após a exibição do filme será feito um debate com o professor Elson Santos Gomes Junior , do Instituto Federal Fluminense
(IFF), também de forma remota. O link da discussão será disponibilizado no dia do evento aos inscritos.

À tarde a programação acontece de forma presencial, com início às 14h, com debate sobre o racismo na TIC's [Tecnologia de Informação e Comunicação]. A palestrante será Natália Julieta Soares de Souza e a palestra acontece no auditório do Campus
Arapiraca.

Para participar, basta realizar inscrição no site do Sigaa.

Saiba mais

O evento atende aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis da Organização das Nações Unidas (ODS/ONU), e pretende
semear a busca por conhecimentos inclusivos na formação do aluno egresso do curso de Ciências da Computação da Ufal, além de atender a agenda antirracista do Campus Arapiraca no entendimento de uma sociedade inclusiva.

"Esse evento é um espaço criado para que possamos discutir a condição do sujeito negro que pesquisa e é pesquisado dentro da Universidade. É um espaço de diálogo criado para que possamos minimizar o Epistemicídio no qual relegaram o povo negro, dentro e fora da universidade. Trata-se também de efetivação de um dos objetivos elencados a ser construídos dentro da agenda antirracista da coordenação do evento junto ao curso de Ciências da Computação no Campus Arapiraca", reforçam os organizadores.

Mais informações no perfil @eventoracismodigital.