Alunos do Colégio Pedro II agridem professora em sala de aula motivados por desafio da internet

Por redação com O Globo 25/09/2023 20h08
Por redação com O Globo 25/09/2023 20h08
Alunos do Colégio Pedro II agridem professora em sala de aula motivados por desafio da internet
Colégio Pedro II: caso de violência revoltou professores - Foto: Marcelo Theobald/06.03.2018

O Departamento de Inglês do Colégio Pedro II publicou uma nota na última sexta-feira denunciando que uma professora foi agredida em sala de aula por alunos do 6º ano do ensino fundamental. Os alunos foram motivados, segundo a moção de apoio à profissional, por um "desafio inaceitável" de uma rede social.

O desafio consiste em "dar uma bofetada no professor da turma e, quando possível, filmar a cena da agressão", informou a nota. A vítima é a professora de inglês Ana Paula Loureiro, e a agressão aconteceu na unidade do Humaitá, na Zona Sul do Rio.

O caso gerou revolta na comunidade docente do colégio, envolvendo professores não só do Humaitá, mas de todas as unidades do Pedro II. Os grupos conversam sobre medidas necessárias a serem tomadas para protegerem os profissionais de casos de agressão. Também já foram realizadas atividades com alunos sobre o que aconteceu no Humaitá.

A nota do departamento, por exemplo, defende que "medidas enérgicas sejam tomadas para responsabilizar os autores dessa violência de forma célere" para prevenir futuros incidentes semelhantes.

O Colégio Pedro II foi procurado às 18h57 desta segunda-feira por O GLOBO, que aguarda o posicionamento da instituição. A reportagem apurou que medidas estão sendo estudadas pela direção da unidade.

Segundo o grupo, professores como Ana Paula dedicam suas vidas ao ensino e, portanto, é com "grande tristeza que testemunhamos a violência (...) por parte de alunos que, de alguma forma, sentiram-se encorajados ou desafiados a cometer tais atos". Ainda de acordo com o departamento, não é a primeira vez que um docente passa por tal situação.

"Essa conduta é inaceitável e vai contra os princípios fundamentais da educação, do respeito mútuo e da convivência pacífica", informou a nota.