'Diabão' defende 'mulher demônia' de críticas sobre aparência
A repercussão sobre a aparência da modificadora corporal Carol Praddo, de 35 anos, conhecida como ‘mulher demônia', gerou muita comoção e diversas críticas nas redes sociais. Ao G1, nesta segunda-feira (5), o marido dela, o também modificador e tatuador Michel Praddo, de 44 anos, que prefere ser chamado de 'Diabão', garante que o casal só se incomoda quando as pessoas faltam com respeito, mas que são extremamente felizes por viverem dessa forma.
“Essa galera ignorante sempre vai existir, não é? Eu tenho aprendido a ignorar, não por ser evoluído, mas porque já me causou muito mal. Me incomoda, mas não em relação ao pensamento contrário, a desaprovação ou quando a pessoa expõe seus pensamentos, mas pela falta de respeito. É ruim quando as pessoas são agressivas e te diminuem ou julgam pela aparência”, declara o homem.
O casal de modificadores mora em Praia Grande, no litoral de São Paulo, e está junto há 11 anos. Carol tem cerca de 60% do corpo tatuado, além de alterações na língua, testa, dentes e olhos. Já Diabão, tem 85% da pele coberta por tatuagens e modificações parecidas com as da esposa, como chifres e dentes alongados, além das carnificações como remoção das orelhas e do nariz.
Segundo ele, esse último procedimento o tornou o primeiro homem do Brasil a ter parte do nariz removido e o terceiro do mundo. “Se você me perguntasse há 13 ou 14 anos, eu diria que jamais faria uma modificação no rosto. Falava que o rosto era cartão de visita, que era demais. Eu não me via chegando na modificação ou me apaixonando por modificação extrema”, declara.
Para Diabão, a vontade de fazer modificações extremas se intensificou há pouco mais de quatro anos e Carol seguiu na onda do marido, logo em seguida. Juntos, eles passaram a se identificar com o novo estilo. “Tem muita coisa que eu puxei dela e ela puxou de mim nisso. Fomos descobrindo isso juntos. Ela veio para esse mundo e se apaixonou por isso também e seguimos tendo várias experiências”, afirma.
Alma gêmea ‘modificada’
O tatuador acredita que o encontro dos dois estava marcado para acontecer, devido a conexão que eles têm. O casal se conheceu em uma estúdio de tatuagem, e desde então, estão juntos. Diabão conta que, quando deram início ao romance, não imaginava que ia querer ficar com Carol para o resto da vida.
”Saímos, dormimos juntos e nunca mais nos separamos. As coisas foram acontecendo, se mesclando, e hoje vemos que somos mesmo almas gêmeas”, conta. A parceria e cumplicidade dos dois no casamento se estende ao trabalho e as modificações corporais, conforme explica Diabão. “Somos muito muito parecidos, muito cúmplices”, afirma.
Apesar de terem pouco mais de uma década de casados, os dois vivem uma eterna lua de mel, em um relacionamento sem brigas, com muito amor e respeito, conforme explica o tatuador. “Somos extremamente felizes”, declara o tatuador rebatendo as críticas a respeito da aparência e declarando que a relação deles não é de fachada.
“O cara posta uma foto com textão para a mulher, falando que é a paixão dele, mas no fundo sabemos que o cara trai a mulher, ou a mulher o trai. Sabe quando é tudo uma fachada por causa da rede social. Aqui, nós realmente vivemos um nível de amor e respeito que poucos casais e famílias vivem. Eu, ela e o nosso filho, vivemos grudados”, declara.
Para ele, o relacionamento dos dois é muito saudável e maduro. “Sou muito grato a Deus pela família e pelo meu casamento. Poucos tem essa chance. Talvez, em invés de julgar, eles devessem aprender sobre o que é amor, o que é família”, finaliza.