Produção de tijolos com resíduos do tratamento da água é tema de pesquisa acadêmica
Solução inédita e sustentável, a produção de tijolos com resíduos do tratamento de água foi tema de pesquisa acadêmica de um aluno da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Campus Sertão. O estudo do agora engenheiro civil, Paulo Firmino, identificou que além de eficiência ecológica, o material também representa economia e eficácia na composição. A iniciativa, objeto da pesquisa, é da Agreste Saneamento e foi implementada como medida de destinação sustentável do lodo, resíduo que resulta do tratamento da água e que antes ia para o aterro sanitário.
O estudante conta que optou pela ação da Agreste Saneamento como tema para o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) porque queria aliar a preservação do meio ambiente à Engenharia Civil. “Durante a graduação vi a possibilidade de englobar meu interesse a partir de um problema técnico que é o descarte do lodo das estações de tratamento. Foi então que percebi que essa técnica de mistura de lodo desidratado na indústria cerâmica demonstrava diversas vantagens, desde o aspecto ambiental até o social, já que propõe uma redução circunstancial do custo de produção de tijolos/blocos cerâmicos”, detalha Firmino.
A produção de tijolos com os resíduos das Estações de Tratamento de Água (ETAs) foi iniciada em 2015 a partir de um projeto da Agreste Saneamento em parceria com a Cerâmica São Carlos, em Arapiraca. Desde então, já foram produzidas 50 mil unidades.
Esse projeto começou com a necessidade de destinar adequadamente os resíduos produzidos nas ETAs operadas pela Agreste Saneamento. Tais resíduos nada mais são do que o acúmulo das impurezas retiradas da água no processo de tratamento. Assim, surgiu a ideia pioneira no estado de aplicar o lodo na composição de tijolos.
“O objetivo geral do meu trabalho foi identificar uma solução sustentável definitiva para a destinação adequada do lodo gerado no tratamento da água das ETAs em Arapiraca e São Brás, com viabilidade econômica, reduzindo custos de transporte e destinação para o aterro sanitário, promovendo o desenvolvimento sustentável do processo”, pontua o pesquisador.
Assim, Paulo Firmino acompanhou todo o processo e, durante o estudo, coletou amostras de lodo da ETA de Arapiraca e confeccionou tijolos de adobe (terra crua). “Os resultados foram muito interessantes e surpreendentes: os tijolos que tiveram adição apresentaram características muito parecidas com os tijolos matrizes (convencionais), desde a análise visual até a resistência. Essa conclusão é significativa, pois comprova a eficácia do lodo desidratado, que pode representar entre 20% e 30% do material utilizado na produção”, destaca.
PASSO A PASSO
O coordenador técnico operacional da Agreste Saneamento, Mikael Vasconcelos explica que após o processo de tratamento, o lodo fica armazenado em mantas de polipropileno de alta densidade, conhecida por geobags. O lodo vai desidratando até o ponto em que é retirado das mantas e encaminhado para a fabricação dos tijolos. Outro detalhe interessante é que as geobags também recebem destinação 100% sustentável em outro projeto da empresa, o Agreste Rural, que beneficia pequenos agricultores da região.
“O geobag é aberto e levado por caçambas lonadas até a cerâmica. O controle é feito a partir de manifestos de resíduos, contendo o volume, o gerador, transportador, destinador final, hora e data. Na cerâmica são utilizados aproximadamente 5% de lodo na massa de cada tijolo produzido. Recentemente, outra fábrica foi incluída no processo, uma cerâmica do município sergipano de Propriá. E estamos abertos a novas parcerias”, enfatiza o gestor.
O estudante conta que optou pela ação da Agreste Saneamento como tema para o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) porque queria aliar a preservação do meio ambiente à Engenharia Civil. “Durante a graduação vi a possibilidade de englobar meu interesse a partir de um problema técnico que é o descarte do lodo das estações de tratamento. Foi então que percebi que essa técnica de mistura de lodo desidratado na indústria cerâmica demonstrava diversas vantagens, desde o aspecto ambiental até o social, já que propõe uma redução circunstancial do custo de produção de tijolos/blocos cerâmicos”, detalha Firmino.
A produção de tijolos com os resíduos das Estações de Tratamento de Água (ETAs) foi iniciada em 2015 a partir de um projeto da Agreste Saneamento em parceria com a Cerâmica São Carlos, em Arapiraca. Desde então, já foram produzidas 50 mil unidades.
Esse projeto começou com a necessidade de destinar adequadamente os resíduos produzidos nas ETAs operadas pela Agreste Saneamento. Tais resíduos nada mais são do que o acúmulo das impurezas retiradas da água no processo de tratamento. Assim, surgiu a ideia pioneira no estado de aplicar o lodo na composição de tijolos.
“O objetivo geral do meu trabalho foi identificar uma solução sustentável definitiva para a destinação adequada do lodo gerado no tratamento da água das ETAs em Arapiraca e São Brás, com viabilidade econômica, reduzindo custos de transporte e destinação para o aterro sanitário, promovendo o desenvolvimento sustentável do processo”, pontua o pesquisador.
Assim, Paulo Firmino acompanhou todo o processo e, durante o estudo, coletou amostras de lodo da ETA de Arapiraca e confeccionou tijolos de adobe (terra crua). “Os resultados foram muito interessantes e surpreendentes: os tijolos que tiveram adição apresentaram características muito parecidas com os tijolos matrizes (convencionais), desde a análise visual até a resistência. Essa conclusão é significativa, pois comprova a eficácia do lodo desidratado, que pode representar entre 20% e 30% do material utilizado na produção”, destaca.
PASSO A PASSO
O coordenador técnico operacional da Agreste Saneamento, Mikael Vasconcelos explica que após o processo de tratamento, o lodo fica armazenado em mantas de polipropileno de alta densidade, conhecida por geobags. O lodo vai desidratando até o ponto em que é retirado das mantas e encaminhado para a fabricação dos tijolos. Outro detalhe interessante é que as geobags também recebem destinação 100% sustentável em outro projeto da empresa, o Agreste Rural, que beneficia pequenos agricultores da região.
“O geobag é aberto e levado por caçambas lonadas até a cerâmica. O controle é feito a partir de manifestos de resíduos, contendo o volume, o gerador, transportador, destinador final, hora e data. Na cerâmica são utilizados aproximadamente 5% de lodo na massa de cada tijolo produzido. Recentemente, outra fábrica foi incluída no processo, uma cerâmica do município sergipano de Propriá. E estamos abertos a novas parcerias”, enfatiza o gestor.
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