Estudo do Inpe indica que óleo que atinge litoral veio do mar da África
Estudo do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) realizado em novembro e apresentado na última quarta-feira (11) na Câmara dos Deputados tem uma nova hipótese para a origem do óleo que atingiu o litoral do Nordeste e do Norte. O óleo teria vindo do mar da África, por cerca de 4.000 km, trazido pelas correntes marinhas por baixo da superfície.
"A gente tem uma hipótese principal de que esse derrame aconteceu a partir de abril deste ano e as manchas só chegaram ao país, em superfície, de maneira difícil de ser detectada através de imagens de satélite, em setembro deste ano", disse o oceanógrafo Ronald Buss de Souza, pesquisador titular do Inpe que também atua na administração do órgão como chefe de gabinete.
Souza falou na CPI do Derramamento de Óleo no Nordeste, onde exibiu um vídeo de uma simulação de como uma suposta mancha teria saído do mar perto da África, em abril, e atingido as costas do Norte e do Nordeste em setembro.
"A mancha de óleo teve uma origem longe e fora da costa [brasileira]", afirmou. "O óleo que chegou na costa brasileira não veio pela superfície do mar, mas, sim, veio em subsuperfície. De maneira nenhuma foi detectado por nenhuma imagem de satélite nesses últimos três meses, [imagens] que estão sendo analisadas diariamente dentro do nosso instituto".
A hipótese é diferente da linha de investigação divulgada pela Marinha e pela Polícia Federal no início de novembro, quando o navio, da empresa grega Delta Tankers, foi apontado como principal suspeito.
As suspeitas sobre o Bouboulina tinham como um de seus fundamentos a detecção da imagem de uma mancha, supostamente de óleo, no dia 29 de julho a 733 km a leste da Paraíba. A Delta Tankers tem negado envolvimento. Na CPI, Souza refutou a possibilidade de que o óleo que atingiu as praias brasileiras tenha tido origem em alguma mancha detectável por imagem de satélite.
Souza integra o GAA (Grupo de Acompanhamento e Avaliação), instituído pela Marinha por causa da crise do óleo.
Em 5 de novembro, segundo ele, foi criado um grupo de trabalho para descrever o que estava acontecendo, com base na experiência de vários especialistas em sensoriamento remoto, observação da Terra por satélites e modelagem numérica.
"A gente tem uma hipótese principal de que esse derrame aconteceu a partir de abril deste ano e as manchas só chegaram ao país, em superfície, de maneira difícil de ser detectada através de imagens de satélite, em setembro deste ano", disse o oceanógrafo Ronald Buss de Souza, pesquisador titular do Inpe que também atua na administração do órgão como chefe de gabinete.
Souza falou na CPI do Derramamento de Óleo no Nordeste, onde exibiu um vídeo de uma simulação de como uma suposta mancha teria saído do mar perto da África, em abril, e atingido as costas do Norte e do Nordeste em setembro.
"A mancha de óleo teve uma origem longe e fora da costa [brasileira]", afirmou. "O óleo que chegou na costa brasileira não veio pela superfície do mar, mas, sim, veio em subsuperfície. De maneira nenhuma foi detectado por nenhuma imagem de satélite nesses últimos três meses, [imagens] que estão sendo analisadas diariamente dentro do nosso instituto".
A hipótese é diferente da linha de investigação divulgada pela Marinha e pela Polícia Federal no início de novembro, quando o navio, da empresa grega Delta Tankers, foi apontado como principal suspeito.
As suspeitas sobre o Bouboulina tinham como um de seus fundamentos a detecção da imagem de uma mancha, supostamente de óleo, no dia 29 de julho a 733 km a leste da Paraíba. A Delta Tankers tem negado envolvimento. Na CPI, Souza refutou a possibilidade de que o óleo que atingiu as praias brasileiras tenha tido origem em alguma mancha detectável por imagem de satélite.
Souza integra o GAA (Grupo de Acompanhamento e Avaliação), instituído pela Marinha por causa da crise do óleo.
Em 5 de novembro, segundo ele, foi criado um grupo de trabalho para descrever o que estava acontecendo, com base na experiência de vários especialistas em sensoriamento remoto, observação da Terra por satélites e modelagem numérica.
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