Síndrome de Down: cuidados e exercícios para melhorar musculatura e desenvolvimento

Por Assessoria 21/03/2018 09h09 - Atualizado em 21/03/2018 12h12
Por Assessoria 21/03/2018 09h09 Atualizado em 21/03/2018 12h12
Síndrome de Down: cuidados e exercícios para melhorar musculatura e desenvolvimento
Foto: Divulgação/ Ilustração
Uma equipe multidisciplinar composta de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e enfermeiros são essenciais no dia-a-dia de um paciente com Síndrome de Down, em qualquer fase que se encontre - hospitalar ou clínica. Essa junção soma para o tratamento como um todo, pois os neurônios precisam de estímulos visual, auditivo, palatino e tátil para emitir o comando e executar determinado movimento e melhorar o cognitivo.

Trissomia autossômica do cromossomo 21, em 95% dos casos, outra situação é devido a translocação ou mosaicismo, cujo diagnóstico é com base no fenótipo e nos achados clínicos neonatais e exames complementares, favorecendo uma intervenção terapêutica precoce, assim obtendo resultados significativos no tratamento.

A intervenção da fisioterapia aborda melhorar a função motora e respiratória dessa criança, a musculatura encontra com limitação de executar os movimentos, devido a hipotonia muscular (ocorre na maioria dos casos) ou a hipertonia muscular (em casos raros), causando um espasmo, podendo ter grupos musculares com os dois tipos. Nesses casos o olhar clínico e os testes realizados com os pacientes precisam está mais aguçado.

É de grande importância classificar as limitações, os reflexos presentes ou ausentes, e se preciso fazer a idade corrigida do bebê, outro fator que não pode ser deixado de lado é a respiratória, pois se na maioria dos casos iram encontrar hipotonia, nos músculos respiratórios não será diferente, o acúmulo de secreção é bem frequente, devido a fraqueza não consegue expelir, assim causando pneumonia e agravando o estado clínico do mesmo, após anamnese (ficha de dados pessoais e avaliação) feita, facilita para o acompanhamento do terapeuta e podendo destacar cada evolução, ajudando nos tratamentos com os profissionais das outras áreas. Iniciando o tratamento com objetivos específicos para o indivíduo, respeitando cada particularidade. Evitar deformidades musculoesquelética, alterações posturais compensatórias, fortalecer musculatura global, melhorar equilíbrio, melhorar a descarga de peso em um membro e melhorar a propriocepção.

Tratamento

O acompanhamento do fisioterapeuta vem de criança até a fase adulta. Na fase da infância é primordial o “brincar”, o terapeuta transformar a conduta em brincadeira. Para os recém-nascidos, os objetos que fazem barulho auxiliam para a movimentação dos bebês, fazendo com que eles se movimentem para pegar e fixem o olhar; exercícios com bola suíça, alternando com exercícios passivos, onde o terapeuta realiza no paciente: nessa fase, o maior foco é obter um bom controle do tronco. Quando a criança consegue deambular, é interessante os circuitos realizados de maneira ativa, o terapeuta no comando verbal e corrigindo caso faça compensações. O “brincar terapêutico” engloba diversos grupos musculares e um ótimo resultado sem que a criança recuse a fazer.

Brincadeiras:
Pular amarelinha - Trabalha equilíbrio, descarga de peso, coordenação motora grossa e cognitivo;
Arremesso de argolas no cone - coordenação motora grossa e fina, flexão de ombro; flexão e extensão de cotovelo e cognitivo;
Ciranda - interação com outras crianças, equilíbrio, propriocepção e cognitivos, devido as canções;
Morto e vivo - fortalecimento dos membros inferiores, equilíbrio e propriocepção;
Exercícios na bola suíça - melhorar o controle de tronco e propriocepção;

Exercício de ponde - fortalecimento dos músculos abdominais e musculatura posterior dos membros inferiores;
Como executar: paciente deitado em decúbito dorsal (barriga pra cima), e joelhos em flexão (dobrados) e o terapeuta dando comando verbal “retira o bumbum do chão”
Brinquedos de encaixe - coordenação motora fina e também cognitivo.

CPAP selo d’água - fortalecimento da musculatura respiratória e deslocamento de secreção;
Como executar: um copo de preferência com decoração infantil, com água, e uma marcação de cmH20 de 0 á 10 para mesurar a resistência que está sendo colocada para o paciente e um canudo, o terapeuta dar o comando verbal para a criança fazer bolhas na água.

Respiração sustentada - expansão pulmonar, permitindo que ocorra uma dilatação até nos menores capilares;
Como executar: o terapeuta dar o comando verbal pedindo para a criança cheire uma flor e segurar o ar 2 segundos e após realizar a expiração com frêmito labial que é o “soprar uma vela” para a criança.

Um recurso de bastante importante é a terapia aquática.

Para mais informações, acessar o perfil de Vivian Gabrielle Barbosa da Silva e José Mariedson da Silva Junior, no Instagram. Eles  também administram o @fisionota10.