Conselheira tutelar é ameaçada de morte após denunciar agressão a menor

Por Gazetaweb 06/09/2017 19h07 - Atualizado em 06/09/2017 22h10
Por Gazetaweb 06/09/2017 19h07 Atualizado em 06/09/2017 22h10
Conselheira tutelar é ameaçada de morte após denunciar agressão a menor
Foto: Gazetaweb
Uma conselheira tutelar cuja atuação pode ter evitado uma tragédia foi ameaçada de morte após denunciar uma agressão contra criança de apenas três anos de idade, no bairro Vergel do Lago, em Maceió. Valmênia Santos, que acompanha a menor no Instituto Médico Legal (IML), onde realiza exame de corpo de delito, integra a equipe do Conselho Tutelar da Região II, que apura caso de suposta agressão cometida pela tia da menor, que teve de ser internada no Hospital Geral do Estado (HGE).

Devido à suspeita, o Conselho defende, inclusive, que a tia perca a guarda da criança, que deve ser acolhida por instituição a ser indicada pela Vara da Infância.

De acordo com os conselheiros acionados à ocorrência registrada nessa terça-feira (05), a menina - tomada por hematomas - deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HGE, mas foi transferida, nesta quarta, para a UTI pediátrica, de onde seguiu, numa ambulância, para o IML.

Aos conselheiros, a tia da criança disse que ela teria caído de uma cadeira, o que causou estranheza entre os membros do Conselho, pois, posteriormente, a mulher - que não teve o nome revelado - relatou que a vítima, na verdade, teria caído da cama. Ela ganhou a guarda da garota em abril deste ano, após a mãe da menina ser acusada de maus tratos.

E com base no exame de corpo de delito e em relatório a ser emitido por médico do HGE, o Conselho vai pedir à Justiça que afaste a mulher da criança.

Violência

Ainda de acordo com os conselheiros, em virtude da criminalidade na região, os guardas municipais deslocados para a sede do conselho, que fica na Praça Padre Cícero, não mais querem trabalhar no local, sobretudo após a ameaça de morte.

A conselheira ameaçada, por sua vez, alega que não vai deixar de realizar suas atividades, apesar de já admitir solicitar proteção à Secretaria de Segurança Pública.