Câmara dos EUA aprova projeto que dificulta entrada de refugiados sírios no país

Por G1 20/11/2015 12h12
Por G1 20/11/2015 12h12
Câmara dos EUA aprova projeto que dificulta entrada de refugiados sírios no país
Foto: Ilustração
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (19) um projeto de lei para endurecer os requisitos de entrada de refugiados sírios no país com o objetivo de evitar a chegada de possíveis terroristas ao território americano.

A medida, promovida por Mike McCaul (Texas) e Richard Hudson (Carolina do Norte), ambos do Partido Republicano, foi aprovada por 289 votos a favor e 137 contra.

O texto foi produto da reação aos recentes ataques a Paris, que deixaram pelo menos 129 mortos e centenas de feridos, já que foi revelado que pelo menos um dos criminosos teria entrado na Europa através da Grécia se fazendo passar por um refugiado sírio.

Após os atentados da última sexta-feira em Paris, muitos políticos, especialmente republicanos, mostraram-se preocupados com as cotas de aceitação de refugiados sírios nos Estados Unidos, que poderiam permitir que membros do Estado Islâmico (EI) possam se infiltrar de maneira similar.

A proposta legislativa exigiria que todas as pessoas que buscassem asilo nos Estados Unidos provenientes da Síria ou do Iraque tivessem que passar pelos controles tanto do FBI como do Departamento de Segurança Nacional (DHS) e do Centro Nacional Antiterrorista.

"Se nossas forças de segurança e a comunidade de inteligência não podem verificar que cada pessoa que vem aqui não seja uma ameaça à segurança, então não deve deixá-las entrar. Neste momento, o governo não pode se certificar disso, então este plano põe em pausa o programa (de refugiados)", afirmou o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Paul Ryan.

Embora o projeto ainda tenha que receber sinal verde no Senado, o presidente dos EUA, Barack Obama, já advertiu que vetará a legislação se for aprovada pelos congressistas, e insistiu em sua determinação de abrir as portas a 10 mil refugiados sírios no ano que vem.

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