Alunos da Ufal são aprovados em mestrados de Comunicação no Canadá e nos EUA
João Vitor Corrêa e Luiz Henrique Lopes são os nomes de uma dupla de alunos que desde 2010 vem disseminando de forma positiva o nome do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas. Depois de passarem dois semestres estudando na Kwantlen Polytechnic University, ambos foram selecionados para fazer mestrado na University of British Columbia (UBC), também na região metropolitana de Vancouver, no Canadá.
Enquanto esperam o início das aulas, marcado para setembro deste ano, um deles acaba de ser selecionado para trabalhar na Associated Press (AP), uma das mais renomadas agências de notícias do mundo. Luiz Henrique participou da seleção de um programa global de estágios da AP, instituição com sede em Nova Iorque e que seleciona anualmente 20 estudantes, ou profissionais, para trabalhar por doze semanas na produção de vídeos.
O estudante relata que a sua aprovação para a AP não foi um processo fácil, pois a instituição seleciona apenas uma pessoa no Brasil e o processo é bem disputado. “Eu tentei no ano anterior, fui chamado para a entrevista e fiquei bem contente, pois nem imaginava que seria chamado. Tentei novamente em 2014, fui chamado novamente para entrevista com o diretor de notícias do Brasil, que me falou ter gostado da entrevista, mas deixou claro que a decisão final era Nova Iorque”, detalha o Luiz.
Primeiros passos no CsF
Para Luiz e João Vitor, a ida para Kwantlen Polytechnic University também foi conquistada após insistentes tentativas no programa Ciência sem Fronteiras (CsF). Como são alunos de Humanas e o programa é direcionado para cursos de tecnologias e inovação, eles utilizaram uma brecha existente na época, para fazer uma proposta de trabalho para a universidade canadense, na área de Indústria Criativa.
Apenas na quarta tentativa, os dois chegaram ao seu objetivo e puderam cursar em 2014, com bolsa do CNPq, uma graduação-sanduíche. “Eu passei dois semestres acadêmicos e fiz um estágio no verão, no meio do ano. Num jornal comunitário chamado Surrey Now, uma publicação gigantesca, com circulação de 250 mil exemplares por semana. Uma tiragem bem grande, porque sua distribuição é gratuita, com bastante conteúdo comercial e pouco conteúdo editorial”, disse Luiz.
O estudante falou que não era exatamente a universidade que eles queriam. “Mas o CNPq tinha um acordo com as universidades estrangeiras para aceitar determinados programas. Eu diria que 95% dessas instituições mantinham o acordo para receber estudantes das Engenharias. E essa era uma das poucas que estavam aceitando estudantes de jornalismo”, acrescentou Luiz.
Os dois cursaram disciplinas do terceiro e quarto ano. Luiz destaca que na Ufal, a experiência que tinha era mais voltada para o mundo acadêmico. “Aqui não tinha quase nada profissional, apenas atividades de sala. Quando eu fui pra lá, o curso é bem voltado para profissionalização. Foi lá que eu tive a oportunidade de ter meu portfólio em multimídia, áudio, texto e, aí, fiz o meu site para publicar meu portfólio, como parte de uma disciplina. Praticamente meu portfólio foi construído lá, apesar de que foi aqui que eu tive a base do conhecimento geral”, disse o graduando.
Vitor acrescenta que, apesar das barreiras do idioma, as vantagens de estudar no Canadá foram evidentes. “O curso me ofereceu tudo; a gente tinha acesso a equipamentos eletrônicos e de multimídia, câmeras digitais de alta resolução. Material muito bom para trabalhar, professores muito bons, que vieram do mercado. Os professores daqui são muito mais teóricos. Lá eu tive essa visão do mercado, com um curso muito mais profissionalizante e aí foi bom para eu ter essa balança na minha formação”, salientou João Vitor.
Aprovados em mestrados internacionais
A experiência no Canadá despertou os alunos para a possibilidade de continuarem seus estudos na UBC, e, após conhecer a estrutura e os docentes da universidade canadense, resolveram tentar o processo seletivo. Dessa vez, a meta foi conseguida na primeira tentativa. “Professores da Kwantlen me ajudaram com alguns projetos, coordenei um workshop num bairro bem pobre da cidade. E esses professores me indicaram o Programa de Mestrado em Jornalismo da UBC. Eu fui lá para conhecer o prédio, consegui agendar uma conversa informal com o diretor da faculdade, que me falou um pouco sobre o programa. É um programa bem legal, que já ganhou três Emmys, com documentários que fizeram ao longo dos últimos anos”, disse Luiz.
Luiz ainda está em processo de produção do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), mas João Vitor já finalizou essa etapa e, enquanto espera o início do mestrado, aproveita o tempo para organizar um livro, junto com sua orientadora, a professora Sandra Nunes, que irá concorrer ao edital da Edufal para ser lançado na 7ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, em novembro.
Trabalho colaborativo
Os dois ressaltaram que desde o início, quando participaram do projeto Metamorfose Social, vêm contando com o auxílio dos professores. Foi a partir da colaboração deles que puderam participar de eventos em Montevidéu e no Rio de Janeiro. Quando pensaram em estudar fora do país, buscaram o assessor Internacional da Ufal, Niraldo Farias, para orientação e, segundo os alunos, isso foi essencial para o aprimoramento de seus projetos.
Para os estudantes, a colaboração desses professores e a ajuda mútua dos colegas, inclusive da ex-aluna de Relações Públicas, Anacélia Santos, que passou para o mestrado de Stanford, depois de algumas tentativas, foram essenciais para suas conquistas. “A Universidade dá todo o suporte com a tradução do histórico e assinatura de documentos. O professor Niraldo sempre nos ajudou, porque a gente nem conseguiu tudo sempre de primeira. O mais importante é continuar tentando, não se deixar ficar desmotivado. As professoras Sandra e Ana Paula Saldanha também, além dos professores do Canadá, que fizeram as cartas de recomendação”, relatou Luiz.
De acordo com o ranking mundial de universidades de Xangai, Stanford é a segunda melhor instituição de ensino do mundo e a UBC ocupa a posição número 37.
Enquanto esperam o início das aulas, marcado para setembro deste ano, um deles acaba de ser selecionado para trabalhar na Associated Press (AP), uma das mais renomadas agências de notícias do mundo. Luiz Henrique participou da seleção de um programa global de estágios da AP, instituição com sede em Nova Iorque e que seleciona anualmente 20 estudantes, ou profissionais, para trabalhar por doze semanas na produção de vídeos.
O estudante relata que a sua aprovação para a AP não foi um processo fácil, pois a instituição seleciona apenas uma pessoa no Brasil e o processo é bem disputado. “Eu tentei no ano anterior, fui chamado para a entrevista e fiquei bem contente, pois nem imaginava que seria chamado. Tentei novamente em 2014, fui chamado novamente para entrevista com o diretor de notícias do Brasil, que me falou ter gostado da entrevista, mas deixou claro que a decisão final era Nova Iorque”, detalha o Luiz.
Primeiros passos no CsF
Para Luiz e João Vitor, a ida para Kwantlen Polytechnic University também foi conquistada após insistentes tentativas no programa Ciência sem Fronteiras (CsF). Como são alunos de Humanas e o programa é direcionado para cursos de tecnologias e inovação, eles utilizaram uma brecha existente na época, para fazer uma proposta de trabalho para a universidade canadense, na área de Indústria Criativa.
Apenas na quarta tentativa, os dois chegaram ao seu objetivo e puderam cursar em 2014, com bolsa do CNPq, uma graduação-sanduíche. “Eu passei dois semestres acadêmicos e fiz um estágio no verão, no meio do ano. Num jornal comunitário chamado Surrey Now, uma publicação gigantesca, com circulação de 250 mil exemplares por semana. Uma tiragem bem grande, porque sua distribuição é gratuita, com bastante conteúdo comercial e pouco conteúdo editorial”, disse Luiz.
O estudante falou que não era exatamente a universidade que eles queriam. “Mas o CNPq tinha um acordo com as universidades estrangeiras para aceitar determinados programas. Eu diria que 95% dessas instituições mantinham o acordo para receber estudantes das Engenharias. E essa era uma das poucas que estavam aceitando estudantes de jornalismo”, acrescentou Luiz.
Os dois cursaram disciplinas do terceiro e quarto ano. Luiz destaca que na Ufal, a experiência que tinha era mais voltada para o mundo acadêmico. “Aqui não tinha quase nada profissional, apenas atividades de sala. Quando eu fui pra lá, o curso é bem voltado para profissionalização. Foi lá que eu tive a oportunidade de ter meu portfólio em multimídia, áudio, texto e, aí, fiz o meu site para publicar meu portfólio, como parte de uma disciplina. Praticamente meu portfólio foi construído lá, apesar de que foi aqui que eu tive a base do conhecimento geral”, disse o graduando.
Vitor acrescenta que, apesar das barreiras do idioma, as vantagens de estudar no Canadá foram evidentes. “O curso me ofereceu tudo; a gente tinha acesso a equipamentos eletrônicos e de multimídia, câmeras digitais de alta resolução. Material muito bom para trabalhar, professores muito bons, que vieram do mercado. Os professores daqui são muito mais teóricos. Lá eu tive essa visão do mercado, com um curso muito mais profissionalizante e aí foi bom para eu ter essa balança na minha formação”, salientou João Vitor.
Aprovados em mestrados internacionais
A experiência no Canadá despertou os alunos para a possibilidade de continuarem seus estudos na UBC, e, após conhecer a estrutura e os docentes da universidade canadense, resolveram tentar o processo seletivo. Dessa vez, a meta foi conseguida na primeira tentativa. “Professores da Kwantlen me ajudaram com alguns projetos, coordenei um workshop num bairro bem pobre da cidade. E esses professores me indicaram o Programa de Mestrado em Jornalismo da UBC. Eu fui lá para conhecer o prédio, consegui agendar uma conversa informal com o diretor da faculdade, que me falou um pouco sobre o programa. É um programa bem legal, que já ganhou três Emmys, com documentários que fizeram ao longo dos últimos anos”, disse Luiz.
Luiz ainda está em processo de produção do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), mas João Vitor já finalizou essa etapa e, enquanto espera o início do mestrado, aproveita o tempo para organizar um livro, junto com sua orientadora, a professora Sandra Nunes, que irá concorrer ao edital da Edufal para ser lançado na 7ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, em novembro.
Trabalho colaborativo
Os dois ressaltaram que desde o início, quando participaram do projeto Metamorfose Social, vêm contando com o auxílio dos professores. Foi a partir da colaboração deles que puderam participar de eventos em Montevidéu e no Rio de Janeiro. Quando pensaram em estudar fora do país, buscaram o assessor Internacional da Ufal, Niraldo Farias, para orientação e, segundo os alunos, isso foi essencial para o aprimoramento de seus projetos.
Para os estudantes, a colaboração desses professores e a ajuda mútua dos colegas, inclusive da ex-aluna de Relações Públicas, Anacélia Santos, que passou para o mestrado de Stanford, depois de algumas tentativas, foram essenciais para suas conquistas. “A Universidade dá todo o suporte com a tradução do histórico e assinatura de documentos. O professor Niraldo sempre nos ajudou, porque a gente nem conseguiu tudo sempre de primeira. O mais importante é continuar tentando, não se deixar ficar desmotivado. As professoras Sandra e Ana Paula Saldanha também, além dos professores do Canadá, que fizeram as cartas de recomendação”, relatou Luiz.
De acordo com o ranking mundial de universidades de Xangai, Stanford é a segunda melhor instituição de ensino do mundo e a UBC ocupa a posição número 37.
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