Vinicius de Moraes é homenageado na Bienal do Livro de Alagoas
A Sala de Vidro fica no coração da 6ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas e chama a atenção de quem circula pelo Centro de Convenções de Maceió durante o evento. Nesse local, a poesia de Vinicius de Moraes foi lembrada na tarde do domingo (27), com palestra ministrada por Rita Namé, professora de Licenciatura em Música da Universidade Federal de Alagoas.
Ao som de composições do "poetinha", como é carinhosamente chamado, o público relembrou a trajetória de um dos maiores nomes da poesia e da música brasileiras. No ano do centenário de Vinicius, o maior evento literário de Alagoas resgata vida e obra do poeta do cotidiano. Músicas, citações do homenageado e emoção estiveram presentes em momento descontraído, durante a conversa Vinicius de Moraes: a construção do Orfeu Moreno.
Rita Namé envolveu o público com leveza e simplicidade, bem ao estilo Vinicius de Moraes. Entre comentários sobre a obra do poeta, a plateia ouviu Soneto da Fidelidade e Monólogo de Orfeu, assim como cantou, emocionado, Operário em construção, Chega de saudade e Se todos fossem iguais a você.
Segundo Namé, o poeta foi um dos principais expoentes da Bossa Nova, movimento musical brasileiro da década de 50. O segmento envolveu jovens compositores e músicos da classe média carioca, com influência do samba e do jazz. "Na Bossa, há uma nova concepção de melodia. Ela é uma ponte de elementos estilísticos da música erudita e da popular, advinda dos quintais, dos terreiros e das ruas. Para Vinicius, a Bossa era o sofrimento de muitos jovens, buscando na vida não a alienação, mas a nova inteligência, a nova sensibilidade, a nova mocidade brasileira", explicou.
Compositor plural e aberto às novas tendências, Vinicius passou pela poesia e pela música; pelo teatro e pelo cinema. "Ele é um poeta que transcende os limites do tempo. Em Vinicius, não houve ruptura radical, mas aproveitamento atualizado e constante diálogo com as tradições que se uniam às ousadias modernistas. Descompromissado com qualquer corrente, ele assume tendências a partir de olhar aberto e moderno, unindo tradição e contemporâneo", reforçou.
Na Música Popular Brasileira (MPB), já em meados da década de 60, Vinicius de Moraes constitui seu cancioneiro. Atrás apenas de Yesterday, dos Beatles, Garota de Ipanema é a canção mais tocada no mundo e reflete a brilhante parceria do poeta com o músico e amigo Tom Jobim.
"Vinicius é um dos grandes poetas mundiais, um poliglota estético. Ele continua sendo ouvido e admirado. Por isso, não poderíamos deixar de lembrá-lo na Bienal", destacou Rita Namé.
Ainda hoje, 33 anos após sua morte, o poetinha está presente no coração de brasileiros de todas as gerações. Mesmo para os mais jovens, Vinicius desperta um sentimento familiar, de pertencimento. Seus versos continuam vivos nas cartas de amor, nas rodas de amigos, nas rádios e, até mesmo, nas redes sociais.
Saravá, Vinicius de Moraes!
Ao som de composições do "poetinha", como é carinhosamente chamado, o público relembrou a trajetória de um dos maiores nomes da poesia e da música brasileiras. No ano do centenário de Vinicius, o maior evento literário de Alagoas resgata vida e obra do poeta do cotidiano. Músicas, citações do homenageado e emoção estiveram presentes em momento descontraído, durante a conversa Vinicius de Moraes: a construção do Orfeu Moreno.
Rita Namé envolveu o público com leveza e simplicidade, bem ao estilo Vinicius de Moraes. Entre comentários sobre a obra do poeta, a plateia ouviu Soneto da Fidelidade e Monólogo de Orfeu, assim como cantou, emocionado, Operário em construção, Chega de saudade e Se todos fossem iguais a você.
Segundo Namé, o poeta foi um dos principais expoentes da Bossa Nova, movimento musical brasileiro da década de 50. O segmento envolveu jovens compositores e músicos da classe média carioca, com influência do samba e do jazz. "Na Bossa, há uma nova concepção de melodia. Ela é uma ponte de elementos estilísticos da música erudita e da popular, advinda dos quintais, dos terreiros e das ruas. Para Vinicius, a Bossa era o sofrimento de muitos jovens, buscando na vida não a alienação, mas a nova inteligência, a nova sensibilidade, a nova mocidade brasileira", explicou.
Compositor plural e aberto às novas tendências, Vinicius passou pela poesia e pela música; pelo teatro e pelo cinema. "Ele é um poeta que transcende os limites do tempo. Em Vinicius, não houve ruptura radical, mas aproveitamento atualizado e constante diálogo com as tradições que se uniam às ousadias modernistas. Descompromissado com qualquer corrente, ele assume tendências a partir de olhar aberto e moderno, unindo tradição e contemporâneo", reforçou.
Na Música Popular Brasileira (MPB), já em meados da década de 60, Vinicius de Moraes constitui seu cancioneiro. Atrás apenas de Yesterday, dos Beatles, Garota de Ipanema é a canção mais tocada no mundo e reflete a brilhante parceria do poeta com o músico e amigo Tom Jobim.
"Vinicius é um dos grandes poetas mundiais, um poliglota estético. Ele continua sendo ouvido e admirado. Por isso, não poderíamos deixar de lembrá-lo na Bienal", destacou Rita Namé.
Ainda hoje, 33 anos após sua morte, o poetinha está presente no coração de brasileiros de todas as gerações. Mesmo para os mais jovens, Vinicius desperta um sentimento familiar, de pertencimento. Seus versos continuam vivos nas cartas de amor, nas rodas de amigos, nas rádios e, até mesmo, nas redes sociais.
Saravá, Vinicius de Moraes!
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