Conheça os desafios de uma startup na visão de quem empreende
Um erro comum de boa parte dos empreendedores no Brasil é direcionar suas atenções apenas ao lado técnico da empresa que está sendo criada – ou seja, preocupa-se, em primeiro lugar, com o desenvolvimento do produto ou serviço. Com isso, muitos se esquecem que será preciso saber vender essa ideia a um investidor e também aos consumidores, por exemplo. Ao considerar só um viés, será fácil deparar-se com desafios inesperados que podem atrasar a execução ou o bom andamento do projeto.
Barreiras comuns e as experiências para ultrapassá-las podem ser conferidas em uma série de webdocumentários recém-lançada pela Endeavor e batizada como “Vai que dá – A cara das startups brasileiras”. Os sócios do Kekanto, rede social que é uma espécie de ‘boca a boca on-line’ para indicação de estabelecimentos em 200 categorias, participam dos programas. Em conversa com o site de VEJA, descreveram alguns desses desafios:
1 - Ter o sócio certo
É recomendável buscar um sócio que complemente suas habilidades. Um empreendedor pode ser bom na parte técnica, em desenvolver ferramentas, mas não saber vender bem o negócio – seja para investidores ou consumidores. Ninguém é bom em tudo. “Além de habilidades complementares, é preciso que o sócio tenha ambição e visão parecidas com as suas e uma personalidade compatível”, diz Fernando Okumura, sócio do Kekanto. A rede criada em 2010 permite que o usuário liste indicações de serviços em áreas variadas, passando pela construção civil até chegar a sugestões de bares e restaurantes. Okumura diz que não passou pelo estágio de busca de sócio inicial, mas sugere alguns caminhos.
O primeiro passo é buscar alguém que faça parte de seu círculo social – família ou amigos – porque há maior probabilidade de encontrar personalidades compatíveis. Outro caminho é o meio acadêmico, onde há acesso a mentores e pessoas crescendo em carreiras que podem ter a bagagem necessária. Muitas universidades têm centros de empreendedorismo onde é fácil entrar em contato com possíveis sócios. “Harvard, por exemplo, abriga gente de todas as escolas em seu núcleo de empreendedores”, conta Okumura.
2 - Fazer muito com pouco
No início será preciso fazer muito com pouco – seja pouco volume de recursos ou pouco tempo disponível. As horas de dedicação entram nessa lista porque muitos precisam tocar a startup em paralelo a alguma outra atividade profissional. A disciplina será fundamental para a questão do tempo e também do dinheiro.
Os sócios do Kekanto, por exemplo, se organizaram para aplicar capital próprio ao longo do primeiro ano. Após o período em que a rede foi suficientemente testada, e quando eles já conheciam profundamente o funcionamento do negócio, foram buscar sócios investidores. O primeiro passo foi o investidor-anjo e, posteriormente, trouxeram recursos de venture capital (ou fundos de capital de risco) para a empresa.
3 - Ter escala
Importante desafio nos primeiros anos é criar escala. Muitas vezes a empresa faz o protótipo funcionar em escalas menores e é preciso descobrir como ampliar sua rede de atuação. “É o que enfrentamos agora”, diz Fernando Okumura. O desafio é alcançar maior universo de usuários com menor uso de recursos possível. Por exemplo: o sistema do Kekanto apresenta ao usuário rankings de serviços em 200 categorias com base em suas preferências e também nas de seus amigos de rede.
Mas eles perceberam que poderiam criar uma ferramenta de busca para incrementar o serviço. Além de acessar os rankings, o cliente pode tomar a iniciativa de pedir recomendação de determinado serviço a alguns amigos ou todos que estão em sua rede, como preferir. Ou até mesmo se estiver fora da cidade onde mora, ele pode pedir dicas de estabelecimentos no mural virtual dos usuários locais do Kekanto. Do ponto de vista de custo, o teste não foi oneroso. “Em TI há a vantagem de conseguirmos testar ferramentas e aprimorá-las rapidamente”, acrescenta.
Barreiras comuns e as experiências para ultrapassá-las podem ser conferidas em uma série de webdocumentários recém-lançada pela Endeavor e batizada como “Vai que dá – A cara das startups brasileiras”. Os sócios do Kekanto, rede social que é uma espécie de ‘boca a boca on-line’ para indicação de estabelecimentos em 200 categorias, participam dos programas. Em conversa com o site de VEJA, descreveram alguns desses desafios:
1 - Ter o sócio certo
É recomendável buscar um sócio que complemente suas habilidades. Um empreendedor pode ser bom na parte técnica, em desenvolver ferramentas, mas não saber vender bem o negócio – seja para investidores ou consumidores. Ninguém é bom em tudo. “Além de habilidades complementares, é preciso que o sócio tenha ambição e visão parecidas com as suas e uma personalidade compatível”, diz Fernando Okumura, sócio do Kekanto. A rede criada em 2010 permite que o usuário liste indicações de serviços em áreas variadas, passando pela construção civil até chegar a sugestões de bares e restaurantes. Okumura diz que não passou pelo estágio de busca de sócio inicial, mas sugere alguns caminhos.
O primeiro passo é buscar alguém que faça parte de seu círculo social – família ou amigos – porque há maior probabilidade de encontrar personalidades compatíveis. Outro caminho é o meio acadêmico, onde há acesso a mentores e pessoas crescendo em carreiras que podem ter a bagagem necessária. Muitas universidades têm centros de empreendedorismo onde é fácil entrar em contato com possíveis sócios. “Harvard, por exemplo, abriga gente de todas as escolas em seu núcleo de empreendedores”, conta Okumura.
2 - Fazer muito com pouco
No início será preciso fazer muito com pouco – seja pouco volume de recursos ou pouco tempo disponível. As horas de dedicação entram nessa lista porque muitos precisam tocar a startup em paralelo a alguma outra atividade profissional. A disciplina será fundamental para a questão do tempo e também do dinheiro.
Os sócios do Kekanto, por exemplo, se organizaram para aplicar capital próprio ao longo do primeiro ano. Após o período em que a rede foi suficientemente testada, e quando eles já conheciam profundamente o funcionamento do negócio, foram buscar sócios investidores. O primeiro passo foi o investidor-anjo e, posteriormente, trouxeram recursos de venture capital (ou fundos de capital de risco) para a empresa.
3 - Ter escala
Importante desafio nos primeiros anos é criar escala. Muitas vezes a empresa faz o protótipo funcionar em escalas menores e é preciso descobrir como ampliar sua rede de atuação. “É o que enfrentamos agora”, diz Fernando Okumura. O desafio é alcançar maior universo de usuários com menor uso de recursos possível. Por exemplo: o sistema do Kekanto apresenta ao usuário rankings de serviços em 200 categorias com base em suas preferências e também nas de seus amigos de rede.
Mas eles perceberam que poderiam criar uma ferramenta de busca para incrementar o serviço. Além de acessar os rankings, o cliente pode tomar a iniciativa de pedir recomendação de determinado serviço a alguns amigos ou todos que estão em sua rede, como preferir. Ou até mesmo se estiver fora da cidade onde mora, ele pode pedir dicas de estabelecimentos no mural virtual dos usuários locais do Kekanto. Do ponto de vista de custo, o teste não foi oneroso. “Em TI há a vantagem de conseguirmos testar ferramentas e aprimorá-las rapidamente”, acrescenta.
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