O governador Teotonio Vilela Filho anunciou nesta quinta-feira (25), durante o lançamento Plano Safra Semiárido, o aumento de 15 centavos na composição da compra do leite. A medida beneficiará cerca de 3 mil pequenos produtores que fornecem o produto ao Estado.

Com o aumento, o valor do litro do leite de vaca pago ao agricultor vai passar de R$ 1,02 para R$ 1,17, retroativo a maio deste ano. A medida atende a uma demanda do setor produtivo, que enfrenta dificuldades para produzir devido à seca e à escassez de palma para alimentar os rebanhos.

Diariamente, o programa compra 80 mil litros de leite a esses criadores, que estão organizados em cooperativas e associações, e distribui para 80 mil famílias em situação de vulnerabilidade alimentar e nutricional em todos os 102 municípios.

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Modalidade Especial Leite, mais conhecido como Programa do Leite, faz parte de um convênio entre a Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

De acordo com Teotonio Vilela, o Governo resgatou a Bacia Leiteira – considerada a mais importante do Sertão. "Temos feito todo esforço para valorizar os produtores do leite. Esse foi um pedido deles que estamos atendendo", disse o governador.

Esse é o segundo aumento no valor do leite garantido este ano. No primeiro, que passou a valer a partir de março, o litro passou para R$ 1,02, sendo o segundo maior valor do produto nos estados onde existe o Programa do Leite.

“O governador Teotonio Vilela entende a importância dos produtores rurais no desenvolvimento do Estado e é sensível a todas as demandas, principalmente esta de aumento do leite, que garante mais renda no bolso do agricultor, mais dinheiro no campo e na economia dos municípios. Fortalecer o Programa do Leite é essencial para a produção agropecuária de Alagoas, tendo em vista que a pecuária de leite é a segunda atividade que mais gera renda e mais emprega no Estado”, comentou o secretário da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, José Marinho Júnior.

O presidente da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), Aldemar Monteiro, disse que a decisão chega em boa hora. “O reajuste vai minimizar as dificuldades em manter os pequenos produtores, que vinham sofrendo pressão de grandes laticínios de outros estados, no programa. O leite é importante para a vida do ser humano e para a economia do Estado. Trabalhamos envolvendo e sensibilizando produtores e laticínios nesse sentido”, afirmou Monteiro.

Na ocasião, ele estava acompanhado por presidentes de associações de produtores de leite de Batalha, Belo Monte, Olho D’Água das Flores, Paulo Jacinto, Jaramataia, Monteirópolis e Jacaré dos Homens.

“Mesmo quando pratica outras atividades, o leite ainda é a principal fonte de renda para esses agricultores que fornecem o produto ao governo. Ao final do mês, é com a renda do leite que ele cobre as despesas da propriedade, faz investimentos em casa e traz melhorias para a família”, citou o presidente da CPLA.

O Programa Alagoas Mais Leite promove a qualificação dos produtores familiares, viabilizar a Infraestrutura produtiva, a nutrição animal e o melhoramento genético do rebanho. São 19 municípios da Bacia Leiteira, Sertão e Baixo São Francisco atendidos, beneficiando mil produtores por meio de diversas ações. Com recursos do Fecoep o Governo do Estado investe mais de R$ 7 milhões no Programa.

O Governo do Estado já realizou a entrega de 40 tanques de resfriamento de leite para associações de pequenos agricultores, construiu 30 abrigos para esses tanques de resfriamento e entregou 47 botijões criogênicos (com sêmen), além de três caminhões com tanque isotérmico para transporte do leite. O programa capacitou cerca de 680 produtores em inseminação artificial.