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Com articulação política intensa, base de JHC aprova LDO 2026 e R$ 1,2 bilhão em empréstimos na Câmara de Maceió

Após uma madrugada marcada por articulações nos bastidores, o novo líder do prefeito João Henrique Caldas (PL) na Câmara Municipal, vereador Kelmann Vieira (MDB), assegurou uma importante vitória política para o Executivo: a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026 e dois projetos de empréstimos que somam R$ 1,2 bilhão.
A sessão extraordinária, realizada na quinta-feira, 10, contou com a presença de 26 dos 27 vereadores, sendo 22 de forma presencial e quatro de maneira remota. A única ausência foi do vereador Siderlane Mendonça (PL), afastado judicialmente.
A movimentação expressiva no plenário consolidou a força da base aliada de JHC, mesmo em meio a debates acalorados com a oposição. A LDO, aprovada por unanimidade, prevê um aumento progressivo nas emendas parlamentares impositivas — de 1,20% para 1,55% da receita corrente líquida até 2027. Esse reajuste gradual deverá gerar impacto superior a R$ 62 milhões no orçamento municipal, intensificando o protagonismo dos vereadores nas destinações orçamentárias.
Apesar da articulação bem-sucedida da base governista, a votação expôs divergências significativas no plenário. O vereador Rui Palmeira (PSD) votou contra os novos empréstimos e fez duras críticas à gestão financeira da Prefeitura de Maceió. Em discurso incisivo, Palmeira alertou para o risco de colapso fiscal diante do aumento das despesas com pessoal e da criação de novas estruturas administrativas sem previsão orçamentária clara.
“Estamos diante de uma incoerência grave: a Prefeitura aumenta suas despesas fixas ao mesmo tempo em que solicita mais financiamentos. Estamos votando empréstimos milionários sem saber sequer de onde virão os recursos ou como serão pagos”, afirmou o parlamentar, destacando a falta de transparência em um dos financiamentos, que não especifica banco credor, juros ou plano de amortização.
O vereador também criticou o projeto do BRT, que recebeu autorização para captar R$ 800 milhões nesta etapa, apesar de a Prefeitura ter anunciado anteriormente um custo total de R$ 2 bilhões. “De onde virão os R$ 1,2 bilhão restantes? Vamos votar mais um empréstimo daqui a pouco?”, questionou Rui Palmeira, que ainda comparou os riscos do projeto ao sistema BRT do Rio de Janeiro, onde várias estações foram abandonadas por falta de recursos para manutenção.

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