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Vereadores cobram explicações de JHC sobre novo pedido de empréstimo no valor de R$ 1,2 bilhão

O clima político esquentou em Maceió após a Prefeitura protocolar dois pedidos de empréstimos que somam R$ 1,2 bilhão. A proposta, enviada pelo prefeito JHC (PL) em regime de urgência, pegou muitos vereadores de surpresa e gerou fortes reações no Legislativo. A oposição exige explicações claras sobre a real necessidade do novo endividamento, especialmente diante das receitas extraordinárias já recebidas pela gestão — como os R$ 1,7 bilhão pagos pela Braskem, os R$ 300 milhões da BRK Ambiental e os mais de R$ 350 milhões arrecadados com os festejos juninos deste ano.
Os projetos solicitam autorização para contrair US$ 150 milhões (cerca de R$ 800 milhões) junto ao New Development Bank (NDB), com aval da União, e mais R$ 400 milhões com instituições financeiras públicas ou privadas, também com garantia federal. No entanto, os textos não detalham quais bancos estarão envolvidos, as taxas de juros, prazos ou contrapartidas exigidas. Tampouco há especificações sobre as obras estruturantes previstas nos programas “MCZ3i” e “Avança Maceió”, aos quais os recursos seriam destinados.
A falta de informações gerou críticas de vereadores como Allan Pierre (MB), que afirmou ser “inaceitável votar uma operação dessa magnitude sem clareza sobre aplicação, encargos e impacto fiscal”. O presidente da Comissão de Finanças da Câmara, Samyr Malta (Podemos), declarou que os parlamentares estão analisando os projetos com cautela e que “é fundamental compreender o impacto fiscal dos empréstimos e garantir transparência na aplicação”.
O ex-prefeito de Maceió e atual vereador, Rui Palmeira (PSD) também questionou a proposta. Para ele, “o prefeito já recebeu mais de R$ 2 bilhões em receitas extras e agora quer mais R$ 1,2 bilhão sem apresentar um plano claro. Isso precisa ser explicado à população e à Câmara”. Rui ainda classificou como “insegura” a ausência de dados sobre os bancos envolvidos e os projetos de engenharia.
Os projetos foram publicados no Diário Oficial do Município na quinta-feira, 03, com tramitação em regime de urgência. A medida coincide com o impasse entre Executivo e Legislativo sobre a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, que está travada. Nos bastidores, vereadores acusam a Prefeitura de não cumprir acordos para o aumento gradual do percentual das emendas parlamentares impositivas, o que tem impedido o avanço da pauta.

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