Dirigentes de movimentos sociais de luta agrária estiveram reunidos com a diretora da Câmara Nacional de Conciliação Agrária, Carolina Morishita, na quarta-feira, 12, no Palácio República dos Palmares, em Maceió. O encontro, intermediado pelo Governo do Estado, discutiu o andamento das ações de reforma agrária que envolvem as terras da massa falida das usinas Laginha e Guaxuma.

A reunião contou ainda com a participação do diretor-presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), Jaime Silva, e do superintendente do Incra em Alagoas, Júnior Rodrigues do Nascimento.

De acordo com Carolina Morishita, o interesse do Incra nacional nas áreas ocupadas pelas organizações está documentado, e o Governo Federal se mantém comprometido com a destinação das terras à reforma agrária. Atualmente, cerca de 5 mil famílias encontram-se acampadas em propriedades rurais dos municípios de União dos Palmares e Coruripe. “Esse momento de diálogo com os movimentos reforça a partilha de um histórico de lutas e fortalece a parceria entre as instituições para que possamos seguir com os encaminhamentos”, afirmou Carolina.

Com agenda em Alagoas, ela se reunirá com representantes do Poder Judiciário e participa, nesta sexta-feira (14), de uma audiência com a Comissão de Soluções Fundiárias.

Para a coordenadora nacional do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), Débora Nunes, “a reunião reafirma a disposição das organizações em continuar fazendo luta para que de fato as terras possam ser transformadas em assentamentos da reforma agrária, gerem produção e contribuam para o desenvolvimento do estado”.

Representando o Governo de Alagoas, o diretor-presidente do Iteral, Jaime Silva, classificou a pauta como uma “necessidade social”, enfatizando a urgência de um entendimento imediato entre todas as partes envolvidas no processo diante da problemática das reintegrações de posse. “O governador Paulo Dantas está comprometido com a manutenção de um diálogo construtivo e colaborativo com os movimentos sociais e o Estado segue empenhado em garantir a preservação da dignidade dessas famílias”, salientou o gestor do órgão de terras.

Participaram do encontro lideranças da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Frente Nacional de Lutas (FNL), Movimento Terra Trabalho e Liberdade (MTL), Movimento Popular de Luta (MPL), Movimento Social de Luta (MSL), Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), Via do Trabalho e Terra Livre.