A cidade de Boca da Mata está protagonizando um verdadeiro espetáculo, com direito troca de farpas e até acusação de racismo. A briga é entre o prefeito Bruno Feijó e o vereador cassado Walter Acioli Filho, que realizou seu último discurso na Câmara Municipal na terça-feira, 16.

Em seu dicurso, Walter Acioli Filho disse ter sido chamado de canguru e chamou o gestor municipal de "macaco adestrado". "O canguru não é ofensivo, talvez o macaco, aquele macaco adestrado, que muitas vezes em circo a roubar, ofereça mais risco à sociedade. Inclusive, macaco que o Ministério Público anda atrás, que a Polícia Federal anda atrás, talvez isso ofereça mais risco à nossa sociedade", disse o vereador.

Bruno Feijó por sua parte respondeu aos ataques, afirmando que o vereador cassado proferiu palavras racistas. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Bruno Feijó rechaçou as palavras de Walter Acioli.

"É com profunda indignação e revolta que recebi as imagens do ato de injúria racial ocorrido hoje no plenário da câmara de vereadores da nossa cidade. De forma violenta e inflamada, fui vítima de um insulto discriminatório, sendo chamado pejorativamente de “macaco” pelo vereador de oposição, Valtinho Acioli. O racismo é uma violência que oprime, segrega e fere", disse o prefeito.

"A democracia garante o bom debate de ideias e a disputa política. No entanto é inaceitável que representantes do povo, usem a tribuna proferirem discursos de preconceito e de ódio. Tenho muito orgulho da minha cor e da minhas origens. Por isso não aceitarei qualquer tipo de violência discriminatória. Exijo, acima de tudo, respeito.Racismo é crime e não pode ser tolerado. Por isso tomarei as medidas cabíveis e espero que o vereador repense e reflita suas palavras. O ódio e a violência não podem ser instrumentos de disputa política!", concluiu o gestor.