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Legislativo e Executivo se confundem, em atentado à democracia, diz Jó Pereira em denúncia

Por Assessoria Jó Pereira 30/05/2022 14h02 - Atualizado em 30/05/2022 15h03
Por Assessoria Jó Pereira 30/05/2022 14h02 Atualizado em 30/05/2022 15h03
Legislativo e Executivo se confundem, em atentado à democracia, diz Jó Pereira em denúncia
Deputada Jó Pereira - Foto: Assessoria

A tramitação apressada do Projeto de Lei Complementar (PLC) 90/2022, de autoria do Poder Executivo, reestruturando a Assembleia da Região Metropolitana (responsável pelas decisões referentes à concessão do serviço de água e esgoto dos municípios da Grande Maceió), voltou a ser denunciada pela deputada Jó Pereira (PSDB) na Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (30), quando os pareceres favoráveis da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foram aprovados, com os votos contrários dela.

Jó reforçou o que já vem denunciando há alguns dias: a matéria caminha para ser aprovada na ALE sem ouvir a população interessada, nem os prefeitos diretamente envolvidos, mantendo a representatividade equivocada dos municípios no colegiado. Antes da votação dos pareceres, ela apelou para a colocação em pauta dos requerimentos de sua autoria - protocolados na semana passada, dia 26 de maio - para a realização de uma audiência pública e para criação de uma mesa de diálogo com os prefeitos, mas o apelo foi ignorado pela Mesa Diretora.

“Quando ouvimos dizer que o governador-tampão tem vontade de dialogar, não é isso o que estamos vendo na prática. Com a aprovação ou não desses requerimentos podemos enxergar se o governo de Alagoas, que tem ampla maioria nessa Casa, tem intenção ou não de dialogar para tomar a melhor decisão. Se os requerimentos não forem aprovados, mostra que se trata apenas de mero jogo de palavras, quando precisamos de atitude, quando o povo segue sendo desconsiderado nessas discussões que afetam diretamente a população”, pontuou.

Em Questão de Ordem, Jó também contestou o fato de os pareceres estarem sendo votados na mesma sessão em que foram discutidos, o que, sem seu entendimento, contraria o Regimento Interno do Parlamento Estadual.

“Mais uma vez essa Casa atropela e serve de modo subserviente ao Executivo, agora se confundindo com ele, agindo açodadamente, sem autonomia, marcando sessões ordinárias para segunda e sexta. Reforço o que disse na audiência pública de sexta-feira passada: essa forma de fazer no Legislativo é totalmente diferente do que vossa excelência (presidente Marcelo Victor) pregava, quando eleito presidente, quando celebrávamos a independência do Legislativo”, desabafou a parlamentar, acrescentando: “Hoje, Legislativo e Executivo se confundem, em um atentado à democracia. Essa Casa atropela procedimentos pela primeira vez, colocando pareceres para votação na mesma sessão em que foram discutidos, quando isso não é prática desse Parlamento. Pareceres discutidos não vão para Ordem do Dia na mesma sessão”.

“Não colocar meus requerimentos no expediente talvez seja a maneira de tentar aprovar açodadamente o projeto, mostrando que o governador-tampão continua sem vontade de dialogar com o povo e com os prefeitos, alterando uma lei que irá impactar na vida de milhares de pessoas, sem discutir com a população”, completou.

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