Se você é alagoano e abriu o youtube recentemente, transitou pelas rodovias do Estado nas últimas semanas ou escutou rádio se deparou com uma avalanche de publicidade de Rodrigo Cunha, falando sobre suas "ações por Alagoas" no Senado Federal.

Com a frase "Rodrigo Cunha, o trabalho que você vê" ou a propaganda “Você pode não saber, mas o trabalho de Rodrigo você vê”, o senador, que é pre-candidato ao governo de Alagoas, investiu rios de dinheiro em propaganda e tomou para si obras a qual na verdade ele fez o mero papel de coadjuvante.

Um dos exemplos é o, tão esperado e pouco aproveitado, Instituto de Prevenção do Hospital de Amor, localizado em Arapiraca. Um projeto da deputada Tereza Nelma, a qual Rodrigo Cunha fez tal qual o coleguinha de escola - apenas segurou a cartolina e balançou a cabeça no trabalho apresentado, mas colocou o nome para receber nota na hora da avaliação.

Com o propósito de realizar o diagnóstico e prevenção do câncer de mama e útero, o Hospital do Amor em Arapiraca, apesar da grande propaganda de Rodrigo Cunha pelas ruas e pelas redes sociais, até o momento é um grande elefante branco na Capital do Agreste.

O hospital custou aos cofres públicos (ou seja ao bolso do contribuinte alagoano) R$ 28 milhões, liberados através de emendas parlamentares de Rodrigo Cunha e Tereza Nelma. Mas o fato é que, quem passa no local acredita que o hospital já parou de funcionar. Aberto o hospital está, porém a duras penas, com as pernas bambas, atendendo pacientes apenas de Arapiraca. 

Segundo fontes ligadas ao Blog Política em Pauta, a quantidade de atendimentos no hospital, de grande porte e estrutura, não chega nem perto do propagado por Rodrigo Cunha, que enfatiza a expectativa de atender mais de 9 mil pessoas por mês.

A pergunta que fica é: A quem pertence o Hospital do Amor? Ao povo de Arapiraca que mal sabe da existência do hospital? Ao povo do Agreste alagoano, que busca atendimento de prevenção ao Câncer em Maceió? A Tereza Nelma, que teve a boa intenção na ideia, mas pecou na execução? Ou a Rodrigo Cunha, que pegou carona na ideia da colega e soube aproveitar os louros da obra em sua pré-campanha ao Estado?