Cinema, música e muito afeto: Cine Manguaba transforma Marechal Deodoro em palco de memória viva

Programação ao ar livre, segue até domingo, 07, com exibições no Francês e na Massagueira, esta última com filmes exibidos na vela de uma jangada

Por Assessoria 06/12/2025 14h02
Por Assessoria 06/12/2025 14h02
Cinema, música e muito afeto: Cine Manguaba transforma Marechal Deodoro em palco de memória viva
Cine Manguaba - Foto: Benita Rodrigues



O Cine Manguaba – 1º Festival de Cinema de Marechal Deodoro – levou novamente moradores e visitantes a viverem a magia da sétima arte na noite de sexta-feira, 05, com a Mostra Cinema e Música. A programação, iniciada com a apresentação da Banda Fanfarra Rosa da Fonseca, transformou o Centro Histórico em uma grande arena cultural ao ar livre, reunindo obras que celebram identidade, memória e a força da sonoridade nordestina.

Entre o público presente estava dona Gilda de Oliveira Moura, que descobriu por acaso a sessão ao ser avisada por um conhecido na porta de casa. Encantada, ela contou que a experiência superou as expectativas. “Estou achando ótimo, achando lindo, porque aqui quase não se vê esse tipo de ação cultural, e com isso a gente fica conhecendo as histórias das pessoas”, disse ela, destacando o impacto do curta-metragem Dona Benedita, de Celso Brandão. “Ela e Nelson foram meus vizinhos, é bom conhecer melhor a história deles”, afirmou.

A noite também contou com a presença do multiartista Allexandrëa Constantino, que há três décadas atua entre Maceió, São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. No festival, sua participação vai além da mediação na exibição de filmes: ele foi peça importante para a execução do Projeto, ao lado do diretor Glauber Xavier. “O Cine Manguaba é muito especial para mim. Glauber está montando meu filme Quebra, sobre o Xangô de 1912, e numa conversa, senti que ele precisava de apoio e disse: ‘o que você precisar, eu tô aqui’. Essa energia conjunta fez o festival acontecer”, contou.

Para ele, o Cine Manguaba representa encontro, pertencimento e potência cultural. “É muito importante falar da nossa Alagoas, do nosso feminino, da nossa relação com a natureza. Poder rodar obras por lugares onde, às vezes, as pessoas nunca viram cinema é transformador. Hoje foi uma aula. Quantas mestras e quantos mestres passaram por aqui”, destacou.

Na noite de sexta-feira, 06, o Cine Manguaba exibiu os curtas: Dona Benedita , de Celso Brandão (AL), O Canto, de Isa Magalhães e Izabela Vitório (AL), Maracatu Maracatus, de Marcelo Gomes (PE), Menina Se Quere Vamo, de Juliana Barretto e Nicole Freire (AL), e Cantoria, de Arthur Lins e André Lopes (PB).

O Cine Manguaba é realizado pela Associação Artística Saudáveis Subversivos, por meio da Lei Paulo Gustavo, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura e da Economia Criativa, Governo de Alagoas, Ministério da Cultura, Governo Federal e IFAL – Campus Marechal Deodoro.

Programação segue neste sábado e domingo

SÁBADO — 06/12 – 19h – Praia do Francês (Corredor Verde)
Mostra Corpo, Movimento e Esporte
Com filmes que exploram gestos, ritmos e o corpo em transformação:
Ana Parideira; Meninos do Francês; Memória como Lugar de Origem; Como Se Ninguém Estivesse Olhando; Diálogo; Samuel Foi Trabalhar.

DOMINGO — 07/12 – 19h – Massagueira (Sessão na vela da jangada)
Mostra Cinema e Meio Ambiente – Encerramento
Produções que tratam de ecologia, território e natureza:
Ciranda Feiticeira; Cavaram uma Cova no Meu Coração; Minha Amiga Gilza; A Nave Que Nunca Pousa; Cósmica; Mar de Dentro.