Polícia investiga possível agressão a criança autista em Cmei no Graciliano Ramos, em Maceió

Por Redação com agências 26/11/2025 17h05
Por Redação com agências 26/11/2025 17h05
Polícia investiga possível agressão a criança autista em Cmei no Graciliano Ramos, em Maceió
Criança agredida - Foto: Reprodução

A Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente abriu um inquérito para apurar a denúncia de possíveis agressões sofridas por uma criança autista no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) do bairro Graciliano Ramos, na parte alta de Maceió. A família registrou que o menino, que possui autismo nível 3, é não verbal e também tem TDAH, epilepsia e deficiência intelectual, saiu da escola com hematomas pelo corpo.

A mãe informou que, no dia 11 de novembro, recebeu uma mensagem da unidade dizendo que o filho havia sofrido um pequeno machucado. Contudo, ao chegar para buscá-lo, percebeu marcas nos braços e no olho direito. Segundo ela, a direção do Cmei relatou que a criança teria caído dentro da sala.

“A PAE me disse que ele caiu de barriga no chão, ergueu a cabeça e bateu a testa na parede. Mas não há nenhum machucado na testa, apenas no olho e nos braços”, afirmou a mãe em entrevista. Diante da suspeita, a mãe registrou um boletim de ocorrência e levou o menino para realizar exames no Instituto Médico Legal Estácio de Lima.

A família contou ainda que foi chamada pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) para assistir às imagens das câmeras internas, mas afirmou que os vídeos exibidos tinham cortes.


“No trecho mostrado, meu filho leva um tropeço e a PAE, que estava distante, vem andando devagar. Quando ela se abaixa, o vídeo é interrompido. Questionamos e disseram que só havia aquele pedaço disponível”, relatou a mãe.


A delegada Maíra Balby, responsável pelo caso, confirmou que a mãe será novamente ouvida e que a equipe trabalha na análise das gravações de segurança.


Posicionamento da Semed


Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que entregou à Polícia Civil as imagens que mostram a queda da criança no Cmei. A pasta ressaltou que o conteúdo completo foi disponibilizado exclusivamente às autoridades para garantir a proteção dos alunos e o cumprimento das normas de segurança de dados.


A Semed reforçou que está colaborando integralmente com as investigações e prestando apoio à criança e à família.