Moradores dos Flexais denunciam transtornos e cobram realocação em nova reunião sobre o caso Braskem em Maceió

Por Redação com Ascom MPF/AL 24/10/2025 20h08
Por Redação com Ascom MPF/AL 24/10/2025 20h08
Moradores dos Flexais denunciam transtornos e cobram realocação em nova reunião sobre o caso Braskem em Maceió
Protesto contra a Braskem durante o G20 em Maceió - Foto: Muvb

O caso Braskem voltou a ser pauta no Ministério Público Federal, nesta semana, quando representantes do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) e moradores da região dos Flexais, no bairro de Bebedouro, se reuniram com o Órgão federal, o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) e a Defensoria Pública da União (DPU).

O encontro teve como objetivo ouvir as reivindicações do grupo e discutir aspectos jurídicos e sociais que continuam afetando a vida de quem mora nas áreas vizinhas às regiões esvaziadas pelo afundamento do solo causado pela mineração de sal-gema da Braskem, em Maceió.

Durante a reunião, foram discutidas as obrigações previstas no acordo firmado em 2022, que determinou que a Braskem deveria adotar medidas para reverter o ilhamento socioeconômico das áreas atingidas. Também foram abordadas dúvidas sobre o Relatório Independente recentemente divulgado, cujos pontos levantaram questionamentos e pedidos de esclarecimento às entidades responsáveis por sua elaboração.

Os moradores dos Flexais reforçaram que não são contra as obras de revitalização em andamento, mas destacaram que a principal luta continua sendo pela realocação definitiva das famílias. Segundo relatos, as intervenções têm causado diversos transtornos à população. “O que foi dito é que não somos contra quem quer ficar na região. Mas as obras estão gerando muitos transtornos. Lutamos pela realocação e acreditamos que a região não tem como ser revitalizada. As pessoas dos Flexais estão pagando um custo muito alto e estão sendo transformadas em cobaias: ‘se não der certo, a gente vê a realocação’”, afirmaram representantes do movimento.