PF cumpre mandados em Arapiraca e outras duas cidades contra quadrilha que manipulava benefícios do INSS

Por Redação, com Ascom Polícia Federal 07/10/2025 09h09 - Atualizado em 07/10/2025 10h10
Por Redação, com Ascom Polícia Federal 07/10/2025 09h09 Atualizado em 07/10/2025 10h10
PF cumpre mandados em Arapiraca e outras duas cidades contra quadrilha que manipulava benefícios do INSS
Operação em Alagoas - Foto: Ascom PF

A Polícia Federal em Alagoas, com o apoio do Núcleo de Inteligência da Previdência Social (NUINP), deflagrou hoje a Operação "ÁTROPOS", visando desarticular uma organização criminosa especializada em fraudar o sistema previdenciário e lavar dinheiro. 

Para desarticular o esquema, a Polícia Federal cumpre hoje mandados de busca e apreensão nas cidades de Coruripe/AL, Porto Real do Colégio/AL e Arapiraca/AL.

Em Arapiraca, ainda foi lavrado Termo Circunstanciado de Ocorrência em desfavor de indivíduo que mantinha animais silvestres em cativeiro sem autorização.

As ordens judiciais requeridas pela PF e expedidas pela 4ª Vara da Justiça Federal de Alagoas, autorizaram a quebra de sigilo bancário de oito investigados, a execução de sete mandados de busca e apreensão, e o afastamento cautelar de um servidor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A organização criminosa atuava de forma sofisticada, tendo como figura central um servidor do INSS. Ele é suspeito de manipular o sistema da Previdência Social para conceder benefícios previamente indeferidos ou cancelados, alterar a data de entrada do requerimento, gerar pagamentos retroativos substanciais e cadastrar advogados como procuradores sem a documentação comprobatória necessária, facilitando o saque de valores.

O prejuízo estimado à Previdência Social causado pela organização criminosa, até o momento, é de aproximadamente R$ 1.090.895,36 (um milhão, noventa mil, oitocentos e noventa e cinco reais e trinta e seis centavos). Este valor representa uma estimativa mínima, considerando apenas os pagamentos já identificados como suspeitos. O prejuízo real pode ser consideravelmente maior, uma vez que alguns benefícios fraudulentos ainda podem estar gerando pagamentos mensais.

Foi decretada ainda a quebra do sigilo bancário de oito investigados. O servidor do INSS, figura central do esquema criminoso, foi também afastado cautelarmente de suas funções para impedir a continuidade das fraudes e garantir a integridade da investigação.