Máfia dos Concursos: PF descobre esquema milionário de venda de vagas em cargos públicos

A Polícia Federal está intensificando as investigações sobre um dos maiores esquemas de fraude em concursos públicos já descobertos no país. A chamada “Máfia dos Concursos” movimentou milhões de reais e envolveu uma organização criminosa familiar que vendia aprovações em seleções altamente concorridas, como o Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2024.
A Justiça autorizou a quebra de sigilo bancário de dezenas de suspeitos. As primeiras pistas surgiram na Operação Before, da Polícia Civil da Paraíba, quando foram identificadas transações entre o filho do suposto líder do esquema criminoso e uma mulher, candidata flagrada com um ponto eletrônico durante uma prova.
O impacto da fraude é bilionário para os cofres públicos. Um servidor aprovado de forma ilícita para o cargo de Auditor Fiscal do Trabalho, com salário inicial superior a R$ 22 mil, pode gerar mais de R$ 7 milhões em gastos ao longo de 30 anos de carreira. Apenas com as dez aprovações suspeitas já identificadas no CNU, o prejuízo estimado ultrapassa R$ 70 milhões.
A investigação também aponta para possíveis fraudes em outros concursos, como os das Polícias Civis de Pernambuco e Alagoas, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Universidade Federal da Paraíba. Segundo a PF, o esquema tinha ramificações em vários estados e utilizava empresas de fachada para lavar o dinheiro obtido com a venda de vagas.
Um dos principais investigados, policial militar do Rio Grande do Norte, foi aprovado fraudulentamente no CNU e é dono de uma clínica odontológica em Patos (PB), onde não reside. Para os investigadores, o negócio pode ter sido usado como fachada para ocultar os lucros ilícitos.
Durante a Operação Última Fase, a PF apreendeu um cofre na casa de um dos suspeitos, que pode conter documentos, dinheiro em espécie e comprovantes de pagamentos feitos por candidatos. O material pode ajudar a identificar quem pagou para garantir uma vaga pública.
As autoridades agora tentam descobrir quem são os “clientes” do esquema. Um dos casos que mais chamam atenção é o de uma mulher aprovada em carreiras de elite, como Medicina e Auditoria Fiscal, sempre com gabarito idêntico ao do líder da quadrilha. Outros nomes seguem sob sigilo para não prejudicar as investigações.
Para garantir o ressarcimento ao erário, o Ministério Público Federal (MPF) pediu o sequestro de bens dos envolvidos, evitando que o patrimônio acumulado de forma ilícita seja dissipado.
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