Educação celebra melhor desempenho de Alagoas na história da Olimpíada Brasileira de Matemática

Por Assessoria 30/09/2025 14h02
Por Assessoria 30/09/2025 14h02
Educação celebra melhor desempenho de Alagoas na história da Olimpíada Brasileira de Matemática
Olimpíadas de matemática - Foto: Assessoria

A Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (Seduc) comemorou os resultados históricos da Rede Estadual de Ensino na 19ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), realizada em 2024: foram 78 medalhas (6 ouros, 18 pratas e 54 bronzes) na esfera estadual. Destes 78 premiados, 22 conquistaram medalhas tanto na esfera estadual como na nacional – nesta última, competindo com alunos de todo o Brasil. A Rede Estadual conta com 35% dos medalhistas a nível nacional e 27% dos medalhistas na esfera estadual.



As 22 medalhas da esfera nacional consistem em 3 ouros, 6 pratas e 13 bronzes. Quando somados às 178 Menções Honrosas a nível nacional, o número de premiados da Rede Estadual sobe para 256.







A segunda cerimônia de premiação dos medalhistas aconteceu na segunda-feira (29) no Auditório da Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), no Campus A.C Simões, em Maceió. Na sexta-feira passada (26), uma cerimônia com as escolas do Sertão e Agreste havia sido realizada na Ufal Arapiraca. Presente à premiação de Maceió, a secretária executiva de Gestão da Rede Estadual de Ensino da Seduc, Sandra Vitorino, comemorou o desempenho das escolas estaduais.



“Parabenizo toda a comunidade educacional que se empenhou para que tivéssemos esse resultado em nosso estado, que se destaca cada vez mais. E quando falamos em premiação, falamos também do desafio de despertar o interesse pela matemática entre os estudantes e, por isso, gostaria de ressaltar o importantíssimo papel dos professores da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, que desde cedo, ajudam nosso estudante a desenvolver o raciocínio lógico e mostram que a matemática está no seu dia a dia”, avaliou Sandra.



Alagoas

Ao todo, Alagoas teve 62 medalhas na esfera nacional da olimpíada – 9 ouros, 14 pratas e 39 bronzes – quando somadas às conquistas de escolas estaduais, municipais, privadas e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal). Quando se contabilizam os melhores desempenhos a nível estadual, Alagoas totaliza 287 medalhas.







Este foi o melhor desempenho de Alagoas em 19 edições da olimpíada, com recorde de medalhas de ouro - nove ao total - os quais competiram com 18 milhões de alunos no Brasil inteiro. Também houve recordes de pratas, bronzes e Menções Honrosas, com quase 80% dos municípios tendo pelo menos um estudante premiado.



O coordenador da OBMEP em Alagoas, professor Adelailson Peixoto, do Instituto de Matemática da Ufal, mostrou a evolução do estado nos últimos 20 anos e disse que a olimpíada é uma ponte entre o Ensino Superior e a Educação Básica. Ele destacou a importância de se valorizar cada conquista na competição.



“Para se ter ideia, 1 em 340 cada estudante brasileiro vai conquistar uma Menção Honrosa na OBMEP, enquanto, para ter uma medalha de bronze, são 1 em 2770 alunos. Para alcançar a prata são 1 em 9 mil estudantes e a conquista do ouro é de 1 em cada 36 mil alunos”, calculou Adelailson.







Premiados



Bronze estadual pela Escola Estadual Manoel de Matos, de Santana do Mundaú, a estudante Geovanna Valentim revelou o impacto que a olimpíada teve em sua vida.



“Participar da preparação para a OBMEP foi muito importante na minha vida, pois me abriu várias portas. É muito gratificante ser premiada, porque mostra o fruto de todo o meu esforço. Estar aqui como aluna de escola pública é um grande incentivo para que outros estudantes também acreditem nesse sonho”, contou.



O medalhista de prata nacional e ouro estadual Pedro Vasconcelos Neves, da Escola Estadual Ovidio Edgar de Albuquerque, de Maceió, também ressaltou a importância da conquista.



“Já participei em outros anos e posso dizer que é uma experiência incrível. A olimpíada abre portas para universidades em todo o país, inclusive programas como o IMPA Tech, lá no Rio de Janeiro. É muito bom ver que nosso esforço está sendo recompensado e que isso pode facilitar a entrada nas universidades que desejamos”, observou Pedro, que, este ano também foi um dos 100 estudantes a participar do intercâmbio educacional na Inglaterra do Programa Daqui pro Mundo.



Também medalhista prata nacional e ouro estadual, Adryan Barbosa Gomes, da Escola Estadual Padre Cabral, em Maceió, falou como a conquista na olimpíada mudou sua vida. “A matemática e as olimpíadas me proporcionaram muitas oportunidades na vida. Fazer a OBMEP me inspirou a querer entrar na área de tecnologia e dar o melhor de mim mesmo”, disse Adryan que, este ano, almeja alcançar o ouro nacional e estadual da olimpíada.



E teve premiação também para professor, a exemplo de Renan Galinari, que leciona matemática na Escola Estadual Rotary de Maceió. Ele contou como trabalha a olimpíada com seus alunos “Trabalhamos com resolução de problemas, leitura e interpretação de exercícios e desenvolvimento de raciocínio lógico”, enumerou.



Orgulho



Gestores presentes à cerimônia de premiação falaram do orgulho de ter seus estudantes e professores homenageados. “É uma alegria podermos compartilhar do sucesso de nossos professores e alunos. Isso nos estimula ainda mais para a segunda fase da OBMEP 2025, que acontece este mês”, revelou Edleuza Almeida, uma das gestoras da Escola Estadual Rotary.



Aléssia Pontes, da Escola Estadual Padre Cabral, lembra que a instituição tem um histórico de conquistas na olimpíada desde as suas primeiras edições. “João Victor, nosso aluno que foi o primeiro bimedalhista de ouro da Rede Estadual pela OBMEP em 2019 e 2021, recentemente foi bronze com a equipe brasileira na Olimpíada Internacional de Matemática. Adryan conquistou hoje sua segunda medalha. As irmãs Lilian e Kyra também tiveram medalhas nas duas últimas edições. Isso mostra o carinho que temos por essa olimpíada e como ela transformou a vida de nossos alunos”, destacou Aléssia.