Morte de piloto australiano em acidente aéreo em Alagoas levanta suspeitas de envolvimento no tráfico internacional

Por Redação com O Globo 22/09/2025 13h01
Por Redação com O Globo 22/09/2025 13h01
Morte de piloto australiano em acidente aéreo em Alagoas levanta suspeitas de envolvimento no tráfico internacional
Acidente de avião - Foto: Reprodução



A morte do piloto australiano Timothy J. Clark, de 45 anos, em um acidente aéreo no último dia 14 de setembro, em Coruripe, no litoral sul de Alagoas, segue cercada de mistério e desdobramentos. Uma amiga próxima, que preferiu não se identificar, afirmou ao Daily Mail acreditar que Clark possa ter sido envolvido, de forma involuntária, em um esquema de tráfico internacional de drogas.

Segundo a mulher, desde março ela já havia solicitado às autoridades australianas uma verificação de paradeiro do piloto, após seu desaparecimento repentino. Clark, que tinha histórico no setor financeiro e experiência no ramo da aviação, morava na África do Sul, onde também mantinha atividades profissionais.

No avião monomotor em que ele estava, a Polícia Militar encontrou 198 quilos de cocaína embalados em pacotes que traziam um falso logotipo da empresa SpaceX.

“Estou devastada. Essa história não começou agora para mim. Ele acabou preso em uma situação da qual claramente não conseguia sair”, declarou a amiga. Ela disse ainda ter informado a Polícia Federal Australiana e o Departamento de Relações Exteriores do país, mas não obteve resposta.

De acordo com o relato, documentos, celulares e contatos que estavam no escritório de Clark já teriam sido retirados por terceiros.

O acidente foi registrado após moradores da região ouvirem um forte estrondo em um canavial. No local, os policiais localizaram o corpo do piloto e a carga de drogas. A aeronave, que tinha matrícula da África do Sul, foi destruída na queda.

As investigações sobre a origem e o destino do voo estão a cargo da Polícia Federal. Os destroços foram levados para o Aeroporto de Arapiraca e permanecem sob custódia, aguardando deliberação da Justiça Federal.

Paralelamente, o caso também é apurado pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa II).