A Justiça do Rio de Janeiro autorizou, ontem, sexta-feira, 19, a exumação do corpo da alagoana Andrea Catarina Freitas Tenório, de 49 anos, vítima de um grave acidente de trânsito em Mangaratiba (RJ). A decisão foi tomada depois que a família descobriu que ela havia sido sepultada por engano no lugar de outra mulher no Cemitério de Santa Cruz, na capital fluminense, quando deveria ter sido enterrada em Maceió, capital de Alagoas.

A troca só foi percebida no último dia 15, durante os preparativos para o velório em Maceió. Familiares notaram que o corpo enviado não era o de Andrea, mas sim de Angélica de Oliveira Marcelo Farias, 39 anos, que também morreu no mesmo acidente.

O acidente que tirou a vida de Andrea aconteceu na noite de 12 de setembro, na rodovia Rio-Santos, km 452, em Mangaratiba. Ela viajava com o esposo, o policial militar José Carlos da Silva, 59 anos, em um VW Voyage que colidiu de frente com um GM Spin. No outro veículo estava Angélica de Oliveira. Um dos carros ficou completamente carbonizado e todos os ocupantes morreram na hora.

Após a tragédia, a família de Andrea providenciou o traslado para Alagoas, mas se surpreendeu com a troca. O corpo de Angélica foi enviado para Maceió e identificado apenas durante os procedimentos do velório. Já Andrea acabou sendo enterrada no Rio de Janeiro, no local que deveria ter sido destinado a Angélica.

Diante da confusão, o Ministério Público do Rio de Janeiro deu parecer favorável ao pedido das famílias, que foi acatado pela Vara de Registros Públicos da Comarca da Capital. Na decisão, o juiz destacou que “o deferimento da exumação dos corpos e o posterior sepultamento correto mostram-se como o único instrumento viável para a observância da dignidade da pessoa humana”.

Após a exumação e trasladado para Maceió, o corpo de Andrea será sepultado no Cemitério Campo Santo Parque das Flores, em Maceió.