Polícia Civil conclui inquérito e descarta estupro coletivo contra adolescente em Quebrangulo

Por Redação com agências 17/09/2025 14h02
Por Redação com agências 17/09/2025 14h02
Polícia Civil conclui inquérito e descarta estupro coletivo contra adolescente em Quebrangulo
Coletiva de imprensa - Foto: Reprodução/ TV Pajuçara



A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) encerrou as investigações sobre a denúncia de estupro coletivo envolvendo uma adolescente de 17 anos, em Quebrangulo, Agreste do estado, e concluiu que o crime não ocorreu.

O inquérito foi conduzido pelos delegados Marcos Silveira e Igor Diego, que identificaram contradições nos depoimentos da jovem. Segundo a polícia, provas colhidas durante os 15 dias de apuração, como imagens e testemunhos, confirmaram que não houve violência sexual.

O delegado Marcos Silveira explicou que a equipe precisou ouvir novamente todos os investigados, testemunhas e a própria adolescente. “Foram encontradas divergências entre os relatos iniciais e os posteriores, por isso foi necessário aprofundar as oitivas para esclarecer os fatos”, disse.

Já o delegado Igor Diego destacou que, ao confrontar os depoimentos com as demais provas, verificou-se que a adolescente manteve relações sexuais consentidas com alguns rapazes. “Não houve emprego de violência ou grave ameaça, condições indispensáveis para a caracterização do estupro”, afirmou.

A possibilidade de estupro de vulnerável também foi descartada, já que não ficou comprovado que a adolescente estivesse em estado de embriaguez incapacitante que a impedisse de consentir.

Outras infrações identificadas

Embora a acusação de estupro tenha sido afastada, a investigação apontou outros crimes. Um dos rapazes gravou a adolescente durante uma relação sexual e divulgou o vídeo em redes sociais, configurando infrações previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Outros jovens também serão responsabilizados por compartilhar as imagens.

Além disso, um deles responderá por vias de fato, após agredir a adolescente com um tapa durante uma discussão.

A Polícia Civil informou ainda que analisa a possibilidade de indiciar a jovem por denunciação caluniosa, caso fique comprovado que houve intenção deliberada de relatar falsamente os fatos.

“Nosso dever é proteger a vítima sem criar culpados injustamente. A investigação existe para esclarecer a verdade e apresentá-la à sociedade”, concluiu o delegado Igor Diego.