Menina morta após espancamento em escola teria sido agredida por se recusar a "ficar" com colega, em PE

A família de Alícia Valentina, de 11 anos, enfrenta uma mistura de angústia, tristeza e desejo por justiça no velório da menina, que acontece na tarde desta terça-feira (9), no Cemitério Público Municipal Recanto da Saudade, em Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco. Alícia morreu após ser espancada dentro da escola municipal onde estudava.
De acordo com o boletim de ocorrência, quatro meninos e uma menina participaram das agressões. O relato de uma criança que testemunhou o ataque aponta que o espancamento começou porque Alícia se recusou a “ficar” com um dos colegas. No entanto, uma das tias da criança afirma que a motivação não foi confirmada oficialmente.
O atestado de óbito registra como causa da morte “traumatismo cranioencefálico produzido por instrumento contundente”, o que indica que a menina foi atingida na cabeça com algum objeto.
As agressões ocorreram na quarta-feira (3), na Escola Municipal Tia Zita. O boletim detalha que Alícia foi interceptada no banheiro ou próximo dele, quando os colegas iniciaram as agressões. O documento também cita como autor um dos meninos, cujo nome não pode ser divulgado por causa do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Depois do espancamento, a menina foi socorrida por funcionários da escola e levada ao hospital do município, onde recebeu medicação e foi liberada. Em casa, apresentou sangramento no ouvido. A mãe decidiu levá-la a um posto de saúde, mas, novamente, a filha foi liberada.
Horas depois, Alícia vomitou sangue e diante da gravidade dos sintomas, a mãe a levou ao Hospital Municipal de Belém do São Francisco. De lá, a criança foi encaminhada para o Hospital de Salgueiro, a cerca de 80 quilômetros, até ser transferida ao Hospital da Restauração, no Recife. No domingo (7), os médicos confirmaram a morte cerebral.
O caso foi inicialmente registrado como lesão corporal, mas a ocorrência foi retificada para lesão corporal seguida de morte. O registro foi feito pela tia de Alícia, já que a mãe acompanhava a filha nos hospitais.
O Ministério Público de Pernambuco instaurou procedimento administrativo para acompanhar o caso e pediu informações à prefeitura, que informou estar colaborando com as investigações.
Por meio de nota, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) lamentou o caso e destacou que a "escola tem o papel de ensinar e construir conhecimento, respeito, princípios de solidariedade, empatia, regras e disciplina na perspectiva da cidadania para o convívio em sociedade. Mas tem feito esse trabalho praticamente sozinha".
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