Setembro Verde: HUPAA realiza simpósio para sensibilizar sobre a importância da doação de órgãos

Hupaa-Ufal realizará II Simpósio de Transplantes para sensibilizar sobre a importância do tema; no Brasil, 78 mil pessoas aguardam na fila de espera

Por Assessoria HU 05/09/2025 21h09
Por Assessoria HU 05/09/2025 21h09
Setembro Verde: HUPAA realiza simpósio para sensibilizar sobre a importância da doação de órgãos
Doação de órgãos - Foto: Divulgação

O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), se une à campanha Setembro Verde, que promove a conscientização sobre a importância da doação de órgãos e tecidos para transplantes.

Segundo dados mais recentes do Ministério da Saúde, mais de 78 mil pessoas aguardam na fila por um transplante no Brasil. A urgência e relevância da causa são reconhecidas nacionalmente com a instituição do Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro.

Como parte das ações de apoio à causa, o HUPAA realiza, no dia 9 de setembro, o II Simpósio de Transplantes, com uma programação rica que inclui palestras de especialistas, discussões interdisciplinares e reflexões sobre os avanços, desafios e conquistas da prática transplantadora.

Segundo a Dra. Leila Tojal, organizadora do simpósio, o evento será um espaço de aprendizado, integração e inspiração, reunindo profissionais de diversas áreas que compartilham um propósito comum: salvar vidas e oferecer esperança a pacientes e suas famílias.

As inscrições estão abertas e podem ser realizadas através do link: https://www.even3.com 

O processo

O transplante só é possível a partir do “sim” do doador e da sua família. Mas esse “sim”, muitas vezes, não se concretiza por falhas de comunicação, que geram o desconhecimento e até a desinformação das pessoas que poderiam doar.

O processo de doação e transplante envolve várias etapas, desde a manifestação do desejo da pessoa em vida; o diagnóstico de morte encefálica (no caso de órgãos) e parada cardiorrespiratória (no caso de tecidos, como córneas, vasos, pele, ossos e tendões); a atuação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott) junto à família; a realização de exames de compatibilidade e doenças; a retirada do órgão; o transporte e a cirurgia transplantadora.

A Cihdott atua desde a suspeita de morte encefálica, no diagnóstico dela, passando pela entrevista familiar, pelo preparo para a retirada dos órgãos e a retirada propriamente dita.

Doação
Referência mundial, o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Sistema Único de Saúde (SUS) atua em parceria com a Central de Transplante de cada Secretaria Estadual, dando transparência à lista de espera e proporcionando um serviço gratuito e universal. Em 2024, o Brasil bateu o seu recorde de transplantes com mais de 30 mil procedimentos, um crescimento de 18% em relação a 2022. Os órgãos e tecidos mais transplantados foram córnea (17.107), rim (6.320), medula óssea (3.743) e fígado (2.454).

A maior parte das doações é realizada após a morte do doador, sendo necessária a autorização da família que, geralmente, respeita o desejo do parente. Daí, a importância de informar aos mais próximos sobre a decisão de doar. Mas há também a doação entre vivos com o transplante de um dos rins (doador falecido fornece os dois), parte do fígado, parte da medula ou parte dos pulmões, sendo a compatibilidade sanguínea necessária em todos esses casos, além de testes para selecionar o doador que apresenta maior chance de sucesso.

Tecidos também são doados
Quando o assunto é transplante de tecidos, o de córnea é o mais realizado no Brasil. Outros tecidos que podem ser doados são pele, ossos, valvas cardíacas, medula óssea e tendões.