Inspirado pelas águas do Velho Chico, Festival Carambola celebra sua 9ª edição em novembro; Luedji Luna é 1ª atração confirmada

Por Assessoria 04/09/2025 10h10
Por Assessoria 04/09/2025 10h10
Inspirado pelas águas do Velho Chico, Festival Carambola celebra sua 9ª edição em novembro; Luedji Luna é 1ª atração confirmada
Festival Carambola - Foto: Divulgação

Com ingressos já à venda, o Festival Carambola confirma sua 9ª edição para o dia 01 de novembro de 2025, consolidando-se como o maior palco independente de artes integradas do estado de Alagoas.

Sediado novamente no litoral norte de Maceió, o Carambola anuncia agora sua primeira atração confirmada: a cantora baiana Luedji Luna. O evento tem patrocínio da Secretaria de Turismo de Alagoas e da cervejaria Sol e este ano defende como seu tema-homenagem o Rio São Francisco. 

Luedji Luna

Um dos principais nomes da canção brasileira contemporânea, Luedji Luna levará para Maceió um show inédito, com influências do jazz, neo soul, hip hop e também da música popular brasileira. O repertório desta apresentação mescla hits anteriores e novas faixas presentes em “Um Mar Pra Cada Um” e “Antes Que A Terra Acabe”, os dois discos lançados por Luedji em 2025.

“Abrir nossa programação com Luedji Luna é uma honra. É uma artista que vem renovando a música brasileira de um jeito único, com muita sensibilidade e sofisticação”, revela Didi Magalhães, diretora artística do Festival Carambola. “Sua música nos atravessa tanto pelo apuro estético, quanto por sua carga emocional. E ela é querida pelos alagoanos, então trazer ela de volta a Maceió, neste novo momento da carreira, é bem especial pra gente também”, celebra Didi.

Rio Opará São Francisco

Seguindo as edições anteriores, em 2025 o Festival Carambola reafirma seu compromisso de valorização da cultura alagoana pautando seu conceito artístico e identidade visual a partir de um tema central. O escolhido deste ano foi o Rio São Francisco, também conhecido como Rio Opará ou, simplesmente, Velho Chico. 

De acordo com Didi, o rio integra em si “símbolos diversos que marcam a identidade cultural de Alagoas, sejam pessoas, lugares ou manifestações que moldam nossa memória coletiva”, completa a diretora. “Ao destacar essas referências, o Carambola reafirma seu compromisso de aproximar a riqueza cultural alagoana do público mais jovem e dar visibilidade a temáticas alagoanas relevantes a cada edição”.

Carinhosamente chamado de Velho Chico e nomeado Opará pelos povos indígenas, o rio que conecta territórios e abastece vidas há séculos é também fonte de poesia e criatividade. Suas águas e margens inspiraram artistas da música brasileira como Luiz Gonzaga, Caetano Veloso, Moraes Moreira e parcerias de Alceu Valença com Djavan e Maria Bethânia. No alto sertão alagoano, o Velho Chico também sustenta tradições populares únicas como a Chegança do Bom Jesus dos Navegantes, o Bordado Boa Noite da Ilha do Ferro, o Guerreiro em Igreja Nova, além de banhar o território do povo indígena Kariri-Xocó.

Reconhecido por seu papel essencial como símbolo de ancestralidade, cultura e resistência no Nordeste, o Velho Chico é, antes de tudo, uma riqueza natural brasileira, serpenteando o país de Minas Gerais até Alagoas, passando por Bahia, Pernambuco e Sergipe. No entanto, atualmente o rio enfrenta ameaças crescentes de degradação ambiental e escassez hídrica, o que reforça a urgência de sua preservação. 

De acordo com pesquisa realizada pela Universidade Federal de Alagoas em 2024, nos últimos 30 anos a vazão do rio diminuiu em até 60%, devido a graves processos de secas, degradação da vegetação e desertificação. 

“Escolher o São Francisco como tema é um gesto de celebração e também de alerta. Em um ano de COP 30 no Brasil, isso dialoga diretamente com as urgências da crise climática e reforça o compromisso do Carambola com a preservação, a sustentabilidade e a transformação através da cultura”, aponta Didi.

Os ingressos do Festival Carambola estão disponíveis para venda via Shotgun.