VÍDEO: Governador do RJ canta ‘Evidências’ em jantar com a presença de Alexandre de Moraes

Por Redação, com Veja 23/08/2025 15h03
Por Redação, com Veja 23/08/2025 15h03
VÍDEO: Governador do RJ canta ‘Evidências’ em jantar com a presença de Alexandre de Moraes
Cláudio Castro canta Evidências - Foto: Veja Rio

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), protagonizou um momento inusitado na noite desta sexta-feira, 22. Durante jantar organizado pelo Grupo Lide – organização liderada por João Doria que reúne empresários, políticos e gestores da América Latina -, Castro subiu ao microfone e cantou “Evidências”, o clássico sertanejo de Chitãozinho e Xororó.

O jantar contou com a presença do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, alvo de críticas frequentes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A escolha da música, que fala sobre negar sentimentos enquanto “disfarça as evidências”, acabou gerando interpretações políticas, especialmente no contexto da relação de Castro com Bolsonaro.

Relatos de bastidores indicam que Bolsonaro teria reprovado a aproximação do governador com ministros do STF, chegando a vetar a candidatura de Castro ao Senado por considerá-lo pouco disposto a apoiar medidas mais radicais, incluindo eventual participação em processos de impeachment de magistrados da Corte.

Além das tensões políticas, o governador vem se mantendo no radar do STF por questões jurídicas. Em junho, a Segunda Turma da Corte decidiu, por unanimidade, manter o arquivamento de dois inquéritos que investigavam Castro por suposta corrupção em projetos sociais. O julgamento virtual seguiu o voto do relator, ministro André Mendonça, que havia suspendido as investigações em outubro de 2024 devido a irregularidades processuais. O recurso da Procuradoria-Geral da República foi negado, encerrando o caso sem possibilidade de novos recursos.

Apesar das críticas de Bolsonaro a sua postura diante do STF, Castro tem mantido sinais de apoio ao ex-presidente. Em agosto, por exemplo, o governador esteve na orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio, em manifestação em favor de Bolsonaro – que não participou por causa das medidas cautelares impostas por Moraes – e também em defesa da anistia dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.