Operação prende casal em Igaci e comparsas em São Paulo por sequestros de caminhoneiros para obtenção do pagamento pelos resgates

Por Redação 21/08/2025 08h08 - Atualizado em 21/08/2025 08h08
Por Redação 21/08/2025 08h08 Atualizado em 21/08/2025 08h08
Operação prende casal em Igaci e comparsas em São Paulo por sequestros de caminhoneiros para obtenção do pagamento pelos resgates
Operação da Polícia Civil - Foto: Cortesia

Nesta terça-feira (19), uma operação resultou na prisão de quatro pessoas em Igaci e São Paulo (SP). Elas atuavam em um esquema de sequestro de caminhoneiros e exigiam quantias em dinheiro para a liberação das vítimas.

De acordo com a Polícia Civil de Alagoas, as investigações da Seção Antissequestro paulista revelaram que o principal investigado tem extensa ficha criminal e é uma antiga liderança de uma facção criminosa. De Igaci, ele usava uma plataforma de fretes para atrair as vítimas.

Os carregamentos eram negociados e os caminhoneiros faziam o deslocamento até endereços em São Paulo, onde eram abordados e sequestrados por comparsas. Enquanto eram mantidas em cativeiro, as vítimas providenciavam as quantias para a liberação. Em uma das ocasiões, um homem precisou pagar R$ 25 mil para os criminosos.

Assim como o principal investigado, a companheira dele também foi capturada em Igaci pela Seção Antissequestro da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO/AL). 

A Polícia Civil de Alagoas informou que ela prestava suporte no esquema. Os dois foram conduzidos à sede da DRACCO e ficaram presos por extorsão mediante sequestro. Eles serão transferidos para São Paulo.

Ao mesmo tempo, dois comparsas foram capturados em São Paulo (SP). Um deles era responsável por receber os valores do resgate em sua conta, enquanto o outro procurava quem poderia pagar as quantias.

"Trata-se de uma investigação complexa que demonstra como a criminalidade se aproveita da tecnologia para atrair vítimas. A integração entre as polícias civis de Alagoas e de São Paulo foi fundamental para localizar e prender os autores, garantindo a responsabilização penal", disse o delegado João Marcello, da DRACCO.

As investigações prosseguem para identificar outros possíveis envolvidos e apurar se há vítimas adicionais.