OAB/AL entra na Justiça contra operadoras de telefonia para combater golpes de falsos advogados

A Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) confirmou nesta quinta-feira, 14, que ingressou com uma ação civil pública com pedido de tutela antecipada contra as principais operadoras de telefonia do país. A iniciativa visa conter o avanço de golpes praticados por criminosos que se passam por advogados, utilizando linhas móveis cadastradas com CPFs falsos ou inexistentes.
Segundo a OAB/AL, a ação tem caráter inédito no Brasil e busca obrigar as empresas a adotar mecanismos mais rigorosos de verificação de identidade na ativação de linhas pré-pagas. A entidade alega que a falta de controle no processo de cadastro permite que golpistas utilizem dados falsificados, dificultando a identificação e responsabilização dos autores.
O presidente da OAB/AL, Vagner Paes, afirma que o número de vítimas tem crescido devido à negligência das operadoras em cumprir normas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que exigem rigor no registro de linhas móveis.
“Ingressamos com a ação em razão do defeito na prestação de serviços, que vem causando prejuízos a toda a coletividade alagoana e brasileira, pelo fato de as operadoras não atenderem as normas da Anatel, que exigem rigor no cadastro da telefonia na modalidade pré-paga. Diante disso, vários criminosos têm se passado por advogados e fazem isso valendo-se de linha telefônica com CPFs falsos”, afirma.
De acordo com dados da própria OAB/AL, somente no ano passado foram registradas 190 denúnciasrelacionadas a esse tipo de golpe. Em 2025, esse número já ultrapassa 400 casos. A Polícia Civil de Alagoas já instaurou dois inquéritos específicos para investigar os crimes.
Na ação, a OAB/AL solicita que as operadoras implementem mecanismos mais eficazes de registros das linhas, como:
Verificação biométrica facial;
Validação documental cruzada com bases oficiais;
Autenticação em múltiplos fatores;
Rastreamento eficaz das linhas já habilitadas;
Manutenção periódica dos controles, com envio de relatórios à Anatel;
Bloqueio de chips vinculados a CPFs inválidos;
Ampla divulgação aos consumidores sobre os critérios de segurança adotados.
Além disso, a Ordem pede a imposição de multa diária de, no mínimo, R$ 5 mil em caso de descumprimento parcial ou total da ordem judicial, além da responsabilização das operadoras por danos morais e materiais causados às vítimas identificadas. A iniciativa busca não apenas coibir os crimes, mas também garantir mais segurança aos consumidores e à sociedade.
A ação foi protocolada no último dia 3 de agosto e aguarda apreciação da Justiça Federal.
Últimas Notícias

Arapiraca recebe conferência para discutir políticas públicas para o campo

Juiz vê crime planejado contra gari e mantém suspeito na prisão

Homem é preso suspeito de adotar cadelas para manter relações sexuais no interior alagoano

26ª edição do Raízes de Arapiraca

Arapiraca tem uma rua chamada 'Super Nintendo'? Entenda a história por trás desse nome geek
Vídeos mais vistos

Morte em churrascaria de Arapiraca

Homem que conduzia motocicleta pela contramão morre ao ter veículo atingido por carro, em Arapiraca

Inauguração do Centro de Educação Infantil Leônia Fontes

Festa termina com jovem morta e dois feridos no Agreste alagoano
